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Time começou ano sob o comando do ídolo do passado Saulo, que não suportou à falta de resultados convincentes | Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo
Time começou ano sob o comando do ídolo do passado Saulo, que não suportou à falta de resultados convincentes| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo
  • Bonamigo, que ganhou projeção nacional comandando o Paraná, assumiu o time, mas também não conseguiu ter boa sequência. Jogadores de qualidade duvidosa complicaram sua missão
  • Técnico revelação do Paranaense, Rogerio Perro chegou ao time para tentar o que Bonamigo não conseguiu. Mas a situação do time não melhorou e o elenco ruim foi levando a equipes para o buraco. O rebaixamento para a Série C preocupava
  • A pressão da torcida só aumentava e o eleito para pagar o pato foi o diretor de futebol Vavá Ribeiro. A torcida fez sua parte e protestou
  • Até que a diretoria, através do presidente Aurival Correia, decidiu afastar Vavá Ribeiro (foto) e colocar Paulo Welter no comando do futebol
  • Junto com, Paulo Welter, o técnico Paulo Comelli assumiu a missão de salvar o tricolor, sboba a desconfiança da torcida. Conseguiu, com algunas rodadas de antecedência, e teve seu contrato renovado
  • Depois de sofrer um bocado em 2008, torcida paranista espera melhor sorte na temporada que vem

Um ano marcado por mudanças, incertezas, apostas, sem título e poucas alegrias. Este foi o 2008 do Paraná Clube. A temporada, que prometia ser a da redenção, com o retorno à elite no Brasileirão, foi fechada com time lutando até as últimas rodadas contra o pesadelo de rebaixamento à Série C. Acompanhe agora uma retrospectiva do Tricolor em 2008.

Tigre da Vila pede reforços e reclama da diretoria

Numa temporada de tantas mudanças é difícil lembrar que Saulo de Freitas foi o primeiro técnico do Paraná Clube em 2008. O Tigre da Vila, maior artilheiro da história paranista, ganhou carta branca da diretoria, mesmo depois de não conseguir salvar o time da degola no Brasileiro de 2007.

Porém, bastaram os primeiros tropeços para o treinador manifestar a sua insatisfação. O alvo principal era o presidente do Tricolor Aurival Correia. O Tigre da Vila considerava o dirigente despreparado para tratar de assuntos ligados às contratações e ao futebol. A cúpula paranista respondeu aos protestos de Saulo. Segundo o dirigente, o treinador teve participação direta nas escolhas dos reforços, dentre eles o atacante Massaro, oriundo do Rio Branco-PR, onde Saulo havia trabalhado. O fraco rendimento da equipe no Paranaense provocou a demissão do Tigre, mesmo antes da estréia na Copa do Brasil diante do Trem-AP.

Bonamigo chega e pede tempo

Depois da aposta em Saulo, o Paraná foi buscar um técnico mais experiente e também com passagem anterior pela Vila Capanema. O escolhido foi Paulo Bonamigo. Seduzido pelo projeto apresentado pela diretoria, ele chegou avisando que time precisaria de tempo para se encorpar. Os resultados positivos apareceram. A equipe eliminou o Trem-AP e o Vitória nas duas fases iniciais da Copa do Brasil. Triunfos que deram gás ao time no Estadual.

Uma boa vitória diante do Internacional na Vila Capanema, pela 3ª fase da Copa do Brasil, encheu de esperança a torcida quanto uma possível volta à elite ainda em 2008.

No entanto, no Beira-Rio, no jogo de volta, prejudicado pela arbitragem, o Paraná não teve forças para segurar o Colorado. Com a eliminação na competição nacional, o declínio técnico no Paranaense foi apenas uma conseqüência. Eliminado no Estadual, sem reforços no elenco, Bomamigo teve tempo para armar o time para estréia na Série B, diante do Avaí, na Vila Capanema.

Sem reação, a equipe foi superada pelo time catarinense dentro de casa. O revés deixou aberta a insatisfação da torcida. As críticas eram dirigidas do vice de futebol Vavá Ribeiro, principal responsável pela montagem do elenco. Sem conseguir engrenar na competição, Bonamigo não resistiu.

Festa do interior

Depois do fracasso da era Bonamigo, o Tricolor resolveu apostar em Rogério Perrô, técnico que fez campanha surpreendente no comando do Toledo no Paranaense. Perrô chegou dizendo que trabalhar no Paraná era a grande chance da vida dele. Trouxe consigo os laterais Murilo, Rogerinho e o zagueiro Ciro. O time continuou se arrastando em campo e a vaga na elite cada vez mais improvável. Pior: os fracassos no Durival Britto aproximavam o time da zona da degola à Série C.

Vavá fora, Comelli remonta a equipe

Os maus resultados, além de acabarem com o sonho de Rogério Perrô, culminou no afastamento de Vavá Ribeiro. O dirigente foi sacado por Aurival Correia do cargo de vice de futebol. O presidente paranista assumiu interinamente a função e trouxe Paulo Comelli para comandar o time. Com o quarto técnico na temporada, e reforços, como o zagueiro Fabrício, o volante Pituca, os meias Kléber e Agenor e o atacante Éder, o time fez um segundo turno acima da expectativa, e só não terminou com umas das quatro vagas na elite em 2009 devido ao pífio desempenho do primeiro turno.

Da estaca zero

Por tudo que passou o clube, em 2008, a manutenção na Série B foi comemorada por parte da torcida. O time montado às pressas, para livrar qualquer ameaça de queda à Terceirona, pode custar caro. A maioria dos destaques teve o contrato encerrado. Há também a incerteza quanto à permanência dos pratas da casa, como Giuliano e Pimpão, que preservaram o orgulho do torcedor.

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