O Paraná precisou superar a lama e o Atlético para vencer seu primeiro clássico no Brasileiro. No encharcado gramado do Pinheirão, o Tricolor bateu o rival por 2 a 0, ontem, e voltou ao grupo dos dez primeiros colocados da competição. A vitória salva a série de cinco jogos planejada pelo técnico Lori Sandri, que começou com derrota para o Corinthians e o empate com o São Caetano e termina diante de Inter e Paysandu, fora de casa.
Para o Rubro-Negro, o tropeço interrompe a seqüência de três triunfos (Coritiba, Atlético-MG e Fluminense) e reaproxima o time da zona de rebaixamento. Dependendo do resultado de Galo, Flamengo, Vasco, Papão e Figueirense, o Furacão pode até terminar a rodada na lanterna.
A péssima condição do gramado foi um adversário comum aos rivais. A forte chuva que atingiu Curitiba na sexta-feira e no sábado formou um lençol d'água debaixo do terreno. Bastou a movimentação dos jogadores para o piso se transformar em uma piscina de grama e lama.
Antes de a condição do gramado prejudicar o rendimento dos times, o Paraná fez 1 a 0. Vicente lançou da esquerda para Borges na entrada da área. O atacante girou rápido, mas foi derrubado por Cocito, que havia escorregado no momento do lançamento: pênalti.
O próprio Borges cobrou, no canto direito, alto. O jogador que vestiu a camisa 9 de Renaldo encerrou um jejum de cinco partidas sem balançar a rede. Para comemorar, deu sua tradicional cambalhota e vestiu um gorro da organizada Fúria Independente.
A vantagem atordoou o Atlético. Antes do oitavo minuto o Tricolor já havia perdido três chances de ampliar. O ritmo paranista era ditado por Tiago Neves. O meia passava pouco tempo com a bola no pé. Recebia e lançava para os atacantes.
No Rubro-Negro, Evandro e Fabrício brigavam com a lógica. Os meias insistiam em conduzir a bola no gramado encharcado. Invariavelmente eram "desarmados" pelas poças de água.
O Furacão só conseguiu mandar no jogo depois de ficar com um jogador a mais. André Dias foi expulso por dar um carrinho no meio-de-campo. O atacante reconheceu o erro e aplaudiu o árbitro Sálvio Espínola por cumprir a nova determinação da Fifa.
A vantagem numérica impulsionou o melhor momento do Atlético no jogo. No fim do primeiro tempo, Alan Bahia e Evandro fizeram dois gols bem anulados. No início do segundo, Caetano e Evandro acertaram a trave, após defesa de Flávio.
Depois disso, o gramado virou um banhado e o que menos se viu no Pinheirão foi futebol. Quando conseguiu criar, o Paraná não vacilou. Vicente cruzou da esquerda e Beto (de cabeça), fez 2 a 0.
Nos acréscimos, o árbitro manchou sua boa atuação expulsando equivocadamente o paranista Neto. Dennys Richard deu um soco em Beto e recebeu o cartão vermelho com o rival, que apenas protestou contra a agressão.
Em Curitiba
Paraná 2 x 0 Atlético
Paraná
Flávio; Aderaldo, Daniel Marques e Marcos; Neto, Mário César (Goiano), Beto, Tiago Neves (Chiquinho) e Vicente; Borges (Wellington Paulista) e André Dias.Técnico: Lori Sandri.
Atlético
Diego; André Rocha (Rodrigo), Paulo André, Adriano e Beto (Dennys Richard); Cocito (Marcus Winícius), Alan Bahia, Evandro e Fabrício; Finazzi e Caetano.Técnico: Antônio Lopes.
Estádio: Pinheirão.
Árbitro: Sálvio Espínola Fagundes Filho (SP).
Gols: Borges (P), de pênalti, aos 3' do 1.º; Beto (P), aos 25' do 2.º.
Amarelos: Neto, Marcos (P); Adriano, Marcus Winícius, Alan Bahia (A)
Vermelhos: André Dias (P), aos 25' do 1.º; Adriano (A), aos 8', Dennys Richard (A) e Neto (P), aos 45' do 2.º
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