• Carregando...

Aconteceu o que a torcida do Paraná tanto temia. Os tricolores viram ontem o segundo grande nome do clube dar adeus à Vila Capanema em pouco mais de 20 dias. Depois de perder Renaldo para o rival Coritiba no começo do mês, Borges (artilheiro do time no Brasileiro com 11 gols) foi negociado com Real Betis, da Espanha.

O valor da transferência não foi divulgado pelas partes envolvidas. Mas conforme a reportagem da Gazeta do Povo apurou, o atestado liberatório de Borges custou ao time de Sevilha 1,5 milhão de euros (R$ 4,4 milhões). Ou seja: mais do que a multa rescisória estipulada no contrato do jogador (R$ 3,6 milhões).

É justamente nas cifras que entra a polêmica. Como os direitos federativos do atacante pertenciam 60% à empresa L.A. Sports e os 40% restantes ao empresário Márcio Rivellino, sobrou aos cofres paranistas apenas uma compensação de R$ 475 mil – o equivalente a 18% da parte destinada à sócia majoritária do negócio (e parceira do clube).

"Por mim ele não saía. Mas tanto defenderam a Lei Pelé que é só pagar a multa e o jogador vai embora", diz o presidente José Carlos de Miranda. A empresa ficará com 738 mil euros (R$ 2,14 milhões). Já a Rivellino caberá 600 mil euros (R$ 1,7 milhão).

Borges foi contratado após marcar 11 gols pelo União São de Araras no último Campeonato Paulista. Na ocasião, a L.A. Sports adquiriu parte dos direitos do jogador por R$ 300 mil.

O atacante sequer viajou com a delegação para Goiânia, onde o time enfrenta o Goiás hoje, às 20h30. Borges limpou seu armário e se despediu dos companheiros após o treino de ontem pela manhã. Entre hoje e amanhã, ele deve embarcar para fazer exames médicos, assinar contrato e ser apresentado oficialmente pelo novo clube.

Aos 24 anos, o baiano irá realizar o desejo de atuar na Europa. No Betis, ele irá brigar por uma vaga no ataque, atualmente comandado pelo brasileiro Ricardo Oliveira, ídolo na cidade. "Era meu sonho de criança jogar na Europa, na Espanha... Estar no meio dos melhores jogadores do mundo", explica.

Encantado com os torcedores que o elevaram à condição de ídolo em apenas quatro meses, o atleta deixa aberta a possibilidade de voltar a defender o vermelho, azul e branco no futuro. "Vou estar sempre torcendo pelo Paraná. Isso não é um adeus, apenas um até logo", solta, parafraseando Robinho na despedida do Santos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]