Onze milhões de reais. Este foi o valor estipulado pela diretoria do Paraná para tocar o futebol do Tricolor nesta temporada. Passados quase 11 meses, a projeção não foi alterada, mas as dificuldades em fechar as contas persistem. Sem negociar jogadores, o clube se vê em uma encruzilhada que gira na casa dos R$ 2,5 milhões para captar recursos até dezembro e diminuir o atual déficit paranista.
"Fechar mesmo as contas nós só fazemos em dezembro, porém a busca por recursos não cessa. Precisamos ainda de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões para fechar a projeção do início do ano. Já está claro para nós que, se não vendermos jogador, a conta não fecha", revelou o vice-presidente do Paraná, Waldomiro Gayer Neto. Diante dos valores mencionados, o Tricolor precisaria de um "novo Giuliano" em 2009. A venda do meia para o Internacional rendeu valores próximos aos citados.
Do atual elenco paranista os principais destaques não pertencem ao clube. O goleiro Zé Carlos, o zagueiro Gabriel, os volantes Adoniran, João Paulo e Luiz Henrique Camargo, os meias Davi e Rafinha e o atacante Marcelo Toscano estão emprestados e não poderão render lucro ao Paraná. Já os jovens Elvis e Bruninho pouco apareceram e devem seguir em 2010 na equipe. Sendo assim desponta o nome do lateral-direito Murilo, cujos direitos são divididos entre o Paraná, o jogador e o seu empresário, Gianfranco Petruzziello.
"É um nome sempre citado, mas nós já deixamos de negociá-lo neste ano, assim como o Wellington Silva. A procura existe, temos o Murilo e outros jogadores com mercado, mas só iremos tratar disso após o fim do campeonato. Ainda não é momento, é preciso manter o foco", disse o presidente Aurival Correia. Em viagem ao exterior, Petruzziello não foi encontrado para falar sobre o assunto.
Com a venda de um ou dois jogadores, a diretoria paranista espera diminuir consideravelmente o saldo negativo, que no ano passado alcançou a casa dos R$ 7,6 milhões. A manutenção do sonho do acesso também passa pelas finanças do Tricolor, já que a "milagrosa" subida para a Série A em 2010 poderia elevar as cotas de televisão (atualmente de R$ 650 mil) para os R$ 4,9 milhões recebidos em 2007, último ano do clube na Primeira Divisão.
Outro fator para impedir as vendas de jogadores até o fim do ano são as eleições do dia 11 de novembro para a presidência. Caberá à gestão que vai assumir tocar os contatos previamente estabelecidos. "Todos os candidatos (Aquilino Romani e José Alves Machado) estão sabendo da situação", finalizou Gayer Neto.
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