Funcionários do Paraná se reuniram na Kennedy e receberam promessa de pagamento dos atrasados| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Enquanto o futebol teve seus salários quitados antes do fim da temporada, o social do Paraná fez um protesto nesta terça-feira (11), ameaçando cruzar os braços devido a dois meses de atrasos. Após uma tarde de reclamações, a diretoria fechou um acordo com os trabalhadores da sede da Kennedy, mas o Senalba-PR, sindicato que representa, entre outras categorias, os funcionários de clubes sociais e esportivos, afirmou que, caso não haja o cumprimento do acordo em três dias, poderá convocar greve.

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O clube se comprometeu a dar na quarta-feira (12) um cheque aos funcionários para ser depositado na quinta correspondendo aos pagamentos de outubro, que deviam ser pagos no começo de novembro. Até o fim da semana, foi prometido o pagamento de novembro, que devia ser pago na última sexta-feira. O 13.º salário deverá ser pago de maneira escalonada. Alguns funcionários reclamaram que alguns colegas não receberam o 13º de 2011.

"Este foi um ano atípico. De muitas dificuldades. Estamos fazendo um esforço para fechar tudo sem pendências. Montamos um calendário para os recebimentos para podermos fechar tudo sem pendências. Ano que vem será diferente, com calendário e receitas mais definidas", explicou o superintendente do clube, Celso Bittencourt, que representou o clube na reunião.

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No momento em que a reportagem chegou ao clube, nenhum representante do Senalba-PR se encontrava no clube. Nenhum dirigente da entidade foi localizado.

Esta não foi a primeira manifestação por salários no clube neste ano. Em março, as categorias de base que eram terceirizadas pela empresa Base, pararam pelo mesmo motivo. Foi o estopim para a parceria ser encerrada e a formação de atletas voltar a ser tocada diretamente pelo Tricolor.

Em outubro, os jogadores divulgaram uma carta reclamando de atrasos deles e dos funcionários. Na reta final da Série B, em novembro, os atletas não concentraram em várias partidas como protesto. Antes do jogo contra o ASA, o time ficou sem treinar enquanto não saísse um acordo para quitar os pagamentos. Os atletas receberam seus salários na semana anterior ao clássico contra o Atlético, que encerrou a temporada.