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Prata na Olimpíada de Londres ao lado do capixaba Alisson, Emanuel concorre ao prêmio do COB pela quarta vez | Daniel Garcia / AFP
Prata na Olimpíada de Londres ao lado do capixaba Alisson, Emanuel concorre ao prêmio do COB pela quarta vez| Foto: Daniel Garcia / AFP

Concorrentes

Confira quem são os seis atletas que concorrem a Atleta do Ano.

• Masculino

Arthur Zanetti

O ginasta foi ouro nas argolas em Londres.

Esquiva Falcão

O pugilista levou a prata nos médios, até 75 kg, em Londres.

Thiago Pereira

Prata na natação, nos 400 m medley, nos Jogos Olímpicos.

• Feminino

Sarah Menezes

Primeira brasileira a vencer no judô olímpico.

Sheilla

A oposto da seleção de vôlei foi bicampeã olímpica.

Yane Marques

Na Olimpíada, levou o bronze no Pentatlo.

O ano de 2012 termina com os atletas paranaenses em baixa. Pelo menos em termos de imagem. Nunca o estado teve tão poucos representantes entre os desportistas escolhidos como os melhores do país. Na lista dos 43 eleitos por atletas, dirigentes esportivos e imprensa, em eleição promovida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), aparece apenas o jogador de vôlei de praia Emanuel – ao lado do parceiro, o capixaba Alison. A 14.ª edição do Prêmio Brasil Olímpico será hoje no Rio.

Em sua quarta aparição no evento, pela primeira vez Emanuel, de 39 anos, não terá nenhum conterrâneo a seu lado no Teatro Municipal. O recordista de indicações do estado é o canoísta Sebastian Cuattrín, eleito por oito anos – entre 1999 e 2007 – o melhor em sua modalidade, a canoagem velocidade. "É um prêmio fantástico, que coroa o trabalho de um ano todo do atleta e é o reconhecimento de outros atletas", diz.

Reconhecimento que é raro para atletas nascidos no Paraná e que treinam na terra natal. Cuattrín, hoje diretor nacional da modalidade, Hernandes Quadri Junior e Luciano Pagliarinni, no ciclismo, e cinco garotas da ginástica rítmica viveram essa experiência. "A ginástica rítmica paranaense está absolutamente à frente da de outros estados. Por muito tempo, foi a base do conjunto nacional", defende a presidente da Federação Paranaense de Ginástica, Vicélia Florenzano.

Outros nomes do estado que brilharam entre a nata do esporte nacional, como Giba, no vôlei, Jadel Gregório (atletismo) e Natália Falavigna (tae kwon do) tiveram de migrar para outros estados para seguirem competitivos. "Essa diminuição é por falta de foco nos investimentos esportivos. O Paraná é um celeiro de atletas e tem valorizado as categorias de base. Se tiver com os olhos para as Olimpíadas de 2020 ou 2024, certamente voltaremos a ser um dos melhores estados em número de melhores atletas no alto rendimento", diz Cuattrín.

O exemplo é a ginástica artística, que, no Paraná, deu base para atletas como a paulista Daniele Hypólito e a gaúcha Daiane dos Santos se desenvolverem. Cada uma delas ganhou o título de Atleta do Ano duas vezes enquanto treinava em Curitiba pela seleção. "Exemplo de que é preciso impor um sistema para cada esporte", conclui Vicélia.

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