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Treino da equipe de juniores do Paraná Clube no Ninho da Gralha, centro de treinamento do Tricolor: objetivo é encontrar reforços para a equipe principal, comandada por Ricardinho | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Treino da equipe de juniores do Paraná Clube no Ninho da Gralha, centro de treinamento do Tricolor: objetivo é encontrar reforços para a equipe principal, comandada por Ricardinho| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Paraná

Tricolor usa campeonato em busca de reforços para o time principal

O Paraná não vence um campeonato na base desde 2007 – quando conquistou o estadual de juniores.

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Coritiba

Torneio nos EUA força Alviverde a disputar o Estadual com time B

O Coritiba começa a temporada na base com as atenções voltadas para fora do país.

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Atlético de fora, Coritiba com time reserva e Paraná sem pretensões. É assim que o Campeonato Paranaense sub-20 começa amanhã, órfão de expressividade e consideravelmente esvaziado em relação à edição do ano passado. Aliado à falta de interesse dos três grandes, a quantidade de participantes diminuiu – caiu de 12 para 9 – e agora conta com apenas quatro agremiações representadas na Primeira Divisão profissional do Estadual.

Apenas o Coritiba, o Co­­­­­­­­­­rinthians, o Arapongas e o Londrina também estão disputando a Série A. Com exceção dos juniores do Paraná, único time da Segundona paranaense, o restante (Francisco Beltrão, Cambé, Colorado e Campo Mourão) beira o amadorismo.

Esse cenário tira a importância do último passo que separa as categorias de base do futebol profissional. Exatamente o torneio que, no ano passado, por exemplo, revelou jogadores que agora estão desfilando nas equipes de cima. Casos dos atleticanos Rodolfo, Edigar Junio e Harrison, e também dos paranistas Alex Alves e Luisinho. Só o Coritiba ainda não aproveitou os atletas forjados no CT da Graciosa.

Enquanto os times da capital encaram o sub-20 estadual com relativo desprezo, as equipes do interior fazem o que podem. Outras, entretanto, nem sequer conseguiram montar elenco e ficaram sem opção, a não ser ignorar a competição.

As dificuldades estão ancoradas principalmente na questão financeira. Sem condições de manter estrutura para a formação do atleta, o pouco de dinheiro que sobra – quando sobra – vai todo para o time de cima. Script que tirou Operário e Paranavaí da edição de 2012.

"Seria bom ter um trabalho de base, mas, financeiramente, estamos passando por um momento delicado. Se formos fazer, temos de fazer bem feito", sentenciou o diretor remunerado de futebol do Vermelhinho, Lourival Furquin.

"Não temos recurso para tocar o sub-20. Perdemos uma parceria [com uma empresa do Rio de Janeiro] que garantia uma participação forte e esbarramos na questão financeira. Não estávamos esperando essa situação e temos de concentrar as forças no profissional", lamentou o presidente do Operário, Carlos Roberto Iurk.

A Federação Paranaense de Futebol (FPF), organizadora do torneio, não quis comentar a relativa indiferença dos clubes da capital. O Atlético seguiu os mesmos passos. Via assessoria de imprensa, o clube limitou-se a dizer que o fim da categoria sub-20 e a consequente saída da competição foi uma "decisão interna".

Esse posicionamento do Furacão, aliás, surpreendeu – e preocupou – quem comandava as categorias de base até o ano passado. "Não sei o pensamento da atual diretoria, mas acho isso ruim para a formação dos atletas. Eles precisam jogar e apenas treinar todos os dias, sem objetivo definido. É prejudicial", comentou o ex-supervisor das categorias de base do Rubro-Negro, Maicon Massera.

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