Com a técnica de luta aprimorada, a paranaense Rosilete dos Santos, 34 anos, colocará mais uma vez em jogo o título mundial na categoria Peso-Galo (até 53,5 kg), Comissão Mundial de Boxe (CMB) cinturão conquistado por ela em setembro de 2008, em São José dos Pinhais, quando nocauteou a argentina Noelia Alejandra Escobar. No mesmo Ginásio Ney Braga, hoje, a pugilista vai encarar, às 21 horas, a uruguaia Alicia Susana Alegre.
Na pesagem, realizada ontem, no Shopping São José, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, Rosilete anotou meio quilo a mais que a rival: 50,5 a 50 kg. Sem muita conversa, as duas rivais apenas se cumprimentaram e poucas palavras trocaram já no clime da luta desta noite.
Para acompanhar essa, e as demais lutas a partir das 19 horas, basta levar um 1 quilo de alimento não perecível. A luta será em comemoração ao aniversário de 320 anos da cidade.
Além de ser a primeira luta importante de Rosilete na temporada, a preparação foi toda diferenciada. Um técnico e uma sparring foram convocados para ajudá-la nos treinamentos. "Antes eu estava treinando bem diferente e isso prejudicava até meu rendimento. Era muito apressada, querendo resolver tudo de uma vez e nem sempre é possível", explica a pugilista nascida em Castro, no interior do Paraná.
Segundo informações obtidas por Rosilete e o marido, o ex-pugilista Macaris do Livramento, Alicia é uma boxeadora de muita força e boa técnica.
"Luta é luta, mas me falaram que ela é muito forte, que ela vem pra cima, que não vai ser fácil. Mas eu penso o seguinte: na luta tudo pode acontecer, eu vou fazer de tudo para derrubá-la. Mas na hora muita coisa muda, adrenalina sobe, então que vença a melhor. Geralmente, a partir do terceiro round eu consigo entender o estilo de luta da adversária. Se a até terceiro round não mudou, se ela fica segurando, se segurando em mim, se até aí não mudou, esse vai ser o estilo de luta dela até o fim. Até o quarto round eu fico muito cansada, o coração acelera muito e adrenalina sobe, mas depois a gente vai tranquilizando", explica a paranaense.
No cartel, Rosilete soma 23 lutas como profissional: 19 vitórias (12 por nocaute) e quatro derrotas (três por nocaute). A última derrota foi em outubro de 2008, em luta válida pelo título mundial da Associação Mundial de Boxe.
Em Cordoba, ela perdeu por pontos para a argentina Carolina Marcela Gutierrez. Rosilete é a única mulher nascida no Brasil a conquistar um título mundial de boxe. Já a uruguaia tem sete lutas, cinco vitórias e duas derrotas.
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