Rosilete Santos busca "desempate" favorável nas disputas de 2008
Em Córdoba, Rosilete Santos fará a sua terceira luta do ano em que um título mundial estará em jogo. Em maio, a pugilista viajou até Munique, na Alemanha, onde enfrentou a bielo-russa Alesia Graf, número 1 na categoria super mosca, valendo o cinturão da AMB. Acabou derrotada no quinto assalto, por nocaute técnico.
Já em Curitiba, no dia 14 de setembro, valendo o título da CMB da categoria galo, Rosilete enfrentou a argentina Paula Monteiro e venceu o combate, realizado no Ginásio Ney Braga, em São José dos Pinhais. A vitória veio em um momento crucial da carreira da atleta, que pretendia encerrar a carreira em caso de derrota. "Tive que gastar R$ 30 mil para fazer a luta aqui", relembrou Macaris.
Disputar títulos mundiais deixou de ser um sonho para se tornar uma vocação da paranaense Rosilete Santos. Há um mês, a pugilista de 33 anos conquistou o cinturão da Comissão Mundial de Boxe (CMB) na categoria galo (até 54 kg), e nesta terça-feira ela embarca para Córdoba, na Argentina, onde Rosilete terá a chance de conquistar o seu segundo cinturão. O combate na categoria super mosca (até 52 kg) será contra Carolina Marcela Gutierrez, lutadora local. O título é válido pela Associação Mundial de Boxe (AMB), entidade mais antiga do pugilismo.
"Embarcamos às 21h15 desta terça, estou muito confiante. Apesar de estar lutando em uma categoria abaixo da minha, eu farei porque vale a pena, principalmente pelo título e pela bolsa desta luta", disse Rosilete Santos, por telefone, à Gazeta do Povo Online. A primeira brasileira campeã mundial explicou também quais as principais dificuldades de descer de categoria. "Ter que treinar sem comida, com muita fome, é complicado. Tenho que fazer um sacrifício, mas vai dar tudo certo, porque nunca subi na balança em dia de luta sem conseguir dar o peso. Sou uma profissional", afirmou a pugilista.
Sobre a adversária, tanto Rosilete quanto o marido e treinador, o ex-pugilista Macaris do Livramento, têm poucas informações. "Não tem nada dela no You Tube. Procurei na internet e também não encontrei muita coisa. Assim, cabe à Rosilete ir até lá e fazer o jogo dela. Ela está na melhor fase da carreira, e tem todas as condições de voltar campeã da Argentina", revelou Macaris. Mais confiante do que o técnico está Rosilete.
"Pelo que tudo indica, tenho grandes chances de ganhar dela. Tomara que consiga por nocaute, porque por pontos é muito difícil. Não sei quem foram as adversárias anteriores dela (Carolina), mas tenho um bom recorde de nocautes e muitas lutas, então vou para fazer tudo o que treinei, partir para cima e jogar meus golpes". Enquanto o cartel da argentina aponta 14 vitórias (11 por nocaute) e uma derrota, Rosilete tem 12 vitórias (nove por nocaute) e três derrotas.
A realização da luta em Córdoba foi acertada entre as duas pugilistas, e todas as despesas de Rosilete e Macaris na Argentina serão pagas pelos organizadores do combate. Fora do ringue, a expectativa é de que 8 mil argentinos compareçam para incentivar a lutadora da casa. Porém, Rosilete diz que a pressão externa não fará diferença. "Não penso na presença do público, porque em cima do ringue sou só eu e ela. Nem os juízes eu consigo ver, então somos só nós duas, olho no olho", garantiu, confiante.
Se dentro do ringue a paranaense garante o triunfo, fora dele a sorte também promete estar ao seu lado. O "amuleto" da confiança de Rosilete Santos atende pelo nome de Nicoly, de um ano, que embarca junto com ela e o treinador. O retorno está marcado para o próximo sábado, e de acordo com Macaris do Livramento, que também é presidente da Federação Paranaense de Boxe (FPB), a pugilista vai desfilar em carro aberto por Curitiba em caso de conquista do segundo título mundial em dois meses.
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