No Mundial de Vôlei, na Itália, tem brasileiro que não acredita que sua equipe chegará na final, no próximo domingo, em Roma. Não é nenhum dos 14 convocados por Bernardinho.O brasileiro em questão é o paranaense Marlon Palharini, ponteiro da Espanha desde 2004. Como o melhor resultado espanhol nos últimos anos foi a conquista do título europeu, em 2007, ele diz que não será surpresa se o time comandado pelo ítalo-argentino Julio Velasco for eliminado na próxima etapa, classificatória para as semifinais. Então, sua torcida será em verde e amarelo, pelo tricampeonato brasileiro.
Palharini assistiu do banco de reservas a surpreendente virada espanhola sobre a Rússia, sexta-feira, por 3 sets a 2, que acabou com a invencibilidade de um dos favoritos ao título. E que gerou reclamações de jogadores do Brasil quanto ao regulamento.
Na primeira fase, o jogador de 26 anos teve um desafio particular: enfrentar o Brasil. Nesta partida, teve oportunidade de ser titular e não escondeu o nervosismo. "Ficar frente a frente com o Brasil e não sentir nada é difícil. Acho que nenhum brasileiro consegue ficar sem cantar o hino nacional". Nervosismo partilhado pelos familiares, em Apucarana. "Quase não conseguimos assistir", conta a mãe, Fabíola Gonzalez Palharini. O time brasileiro venceu: 3 sets a 1.
Neto de espanhóis e filho de ex-jogadora de vôlei, o ponteiro e os irmãos, Bráulio e Dionísio, começaram cedo no esporte. "Eles praticamente nasceram dentro da quadra", conta Fabíola, que disputava os Jogos Abertos do Paraná pela equipe de Jandaia do Sul.
Aos 14 anos, o Marlon ganhou uma bolsa de estudos para competir por uma escola de Apucarana e toda a família se mudou para lá. Aos 16, ele foi jogar pelo extinto Banespa, onde jogou com Murilo, destaque do time brasileiro.
Em 2003, foi jogar no Tenerife, da Espanha. Defendeu também o Loretto, da Itália, e o Barcelona, outro espanhol. Na próxima temporada, vestirá a camisa do Sória. Na Espanha, tem uma filha de dois anos, Júlia.
A primeira convocação para a seleção espanhola veio quando passava as férias aqui. "Foi no segundo ano dele na Espanha. A família dizia que era o adeus às chances de jogar pelo Brasil, mas não pensou duas vezes", lembra a mãe. Na época, Palharini estava no time B espanhol. Quando faltou um atleta na equipe principal, foi chamado. Hoje, completa 120 jogos pela seleção.
Vergonha
Sob críticas da torcida, que acusou o time de "entregar" o jogo, a equipe reserva do Brasil perdeu para a Bulgária por 3 a 0 (25/18, 25/20 e 25/20), ontem.
O revés favorecia a seleção verde-amarela, que acabou caindo em um grupo mais fraco na fase seguinte: enfrenta República Tcheca e Alemanha.
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