Quarenta times para todos os gostos e apenas quatro premiados com o acesso. Assim é a Série D do Brasileiro, iniciada ontem. O torneio, disputado desde 2009, tem como principal marca a abrangência. Afinal, 24 dos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal, tem representantes na competição que será disputada até o dia 13/11.
Melhores clubes do interior no último Estadual, Operário, de Ponta Grossa, e Cianorte são os paranaenses no campeonato. O bom desempenho no primeiro semestre fez com que os times não mudassem a comissão técnica. No entanto, os elencos das equipes sofreram perdas importantes.
O Paraná contratou o trio de destaque do Cianorte o zagueiro Brinner, o meia Thiago Santos e o centroavante Giancarlo além do lateral Lisa e do volante Cambará, peças chave do Operário. O Fantasma ainda perdeu para o Joinville o goleiro Ivan.
"Mesmo com as perdas, nossa expectativa é boa", declara o gerente de futebol do Leão do Vale, Adir Kist. "São atletas que fazem muita falta, mas o resto do grupo se conhece bem", minimiza o técnico do Operário, Amilton Oliveira.
Os reforços serão importantes em um campeonato que promete emoção. Os quarenta participantes foram divididos em oito grupos que vão classificar os dois melhores colocados. A partir daí, os 16 sobreviventes se enfrentam em disputas mata-mata até que sejam definidos o campeão e os outros três times que vão subir.
Até as quartas de final, os clubes têm pela frente apenas adversários de estados próximos. A regionalização beneficia os cofres, por evitar longas viagens, mas torna mais árduo o caminho dos paranaenses que, para conseguirem o acesso, terão que deixar para trás as equipes de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande Sul.
A difícil caminhada rumo à Série C começa hoje para os times do estado. Às 16 h, o Cianorte recebe o Cruzeiro-RS, no Albino Turbay, já o Operário, às 19 h, enfrenta o Mirassol fora de casa. "Se pensarmos no nível dos times, essa divisão não é correta, mas, infelizmente, o campeonato é deficitário e ficaria muito caro deslocar o time para jogar no Norte ou Nordeste", avalia o gerente do Cianorte.
No Paranaense, Oliveira comandou o Operário em duas vitórias diante do Atlético e também em um triunfo sobre o Paraná. Por isso, ele afirma não se assustar com as "pedreiras" da Série D. "Nossa briga é difícil, mas no Paranaense encontramos equipes tradicionais e fomos bem. Esperamos manter o nível", diz.
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