Vitória. Esta palavra representa o "sonho de consumo" dos pilotos paranaenses que disputam a Stock Car Brasil nesta temporada. A perseguição pelo lugar mais alto do pódio, porém, não começará apenas na primeira prova do ano, amanhã, no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Apesar de ser o segundo estado em número de pilotos, o Paraná amarga uma longa escrita sem vencer. Já faz mais de dois anos 27 provas que um "prata da casa" não comemora um triunfo na categoria.
A última vitória ocorreu em novembro de 2007, com Rodrigo Sperafico, na prova de Viamão, no Rio Grande do Sul. No mesmo ano, o próprio Rodrigo também havia vencido em Curitiba, mas após a comemoração no autódromo gaúcho de Tarumã, nada de novos vencedores paranaenses em pouco mais de duas temporadas completas.
Para engrossar a lista da falta de resultados, o último título estadual na Stock é ainda mais antigo: foi em 2003, com David Muffato. Antes disso, Ângelo Giombelli havia conquistado a taça em 1991, 1992 e 1993, mas sempre guiando em parceria com o paulista Ingo Hoffmann.
"A categoria tem muita competitividade. Não é fácil vencer, apesar de existirem vários bons pilotos paranaenses. Mas como são poucas corridas e 34 pilotos, todos querendo vencer, e ainda com alguns que conseguem chegar na frente mais de uma vez no ano, fica bastante difícil", explicou Sperafico.
Dos 34 pilotos citados por Sperafico, 23% nasceu ou morou a maior parte da vida no Paraná. O estado só perde em número de concorrentes para São Paulo, que com 19 competidores, representa 55% da categoria. Além dele, Alceu Feldmann, David Muffato, Lico Kaesemodel, Julio Campos, Ricardo Zonta, Thiago Marques e Willian Starostik têm a chance de vencer em 2010 e quebrar a escrita em favor da terra natal.
"Estou muito otimista com a nova equipe e patrocinador. Com isso, devo voltar a andar na frente, coisa que não deveria ter deixado de fazer nos últimos anos. Espero render bem o ano inteiro e tenho certeza de que vamos brigar pelo título", garantiu Muffato. "No ano passado não competi em todas as corridas por causa de competições fora do país. Só que agora a Stock é a minha prioridade e vamos com força máxima em todas as corridas", emendou Ricardo Zonta.
Os paranaenses precisarão ter um rápido poder de adaptação para voltar ao lugar mais alto do pódio nesta temporada. Com motores mais potentes, pneus mais macios e consequentemente mais rápidos, e a mudança de combustível (etanol no lugar da gasolina), os pilotos serão mais exigidos.
"Também tem o push-to-pass, que aumenta a potência em 50 cavalos por oito segundos, e os três descartes na temporada. Mas as mudanças são para todos, então acho que ninguém sai favorecido ou prejudicado", disse Lico Kaesemodel, 26 anos, que vai para sua quarta temporada na categoria.
Porém, é o paranaense "de coração", Alceu Feldmann, quem garante que vai acabar com o jejum. Nascido em Santa Catarina, mas radicado em Curitiba há 29 anos, ele não esconde o otimismo na campanha e aposta todas as suas fichas em alcançar sua primeira vitória na Stock. "Vou tirar o lacre e garantir a vitória. Sempre consigo bons resultados em Curitiba e aposto tudo que vou vencer em casa, já na segunda etapa", finalizou.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Deixe sua opinião