Atlético e Ferroviária, do interior de São Paulo, caminham para 11 anos de parceria, mas o torcedor rubro-negro viu poucos frutos em campo. O atual time sub-23 que disputa o Paranaense espera mudar esta realidade. Três jogadores vindos do time paulista estavam entre os titulares na estreia diante do Cascavel (empate por 0 a 0), no último domingo.
O goleiro Alexandre (22 anos), o volante Matteus (25) e o ala direito Mário Sérgio (23) foram aproveitados pelo técnico Marcelo Vilhena. Os dois primeiros foram emprestados para a Ferroviária e agora estão ganhando uma segunda chance no CT do Caju. "Esta minha saída me deu experiência e maturidade para encarar este momento aqui no clube", disse o camisa 1, que já tinha participado de um amistoso na Espanha, durante a pré-temporada do time principal, em 2013.
Mário Sérgio, revelado na equipe de São Paulo, é o atleta mais promissor entre o trio. Reserva de Sueliton na equipe principal no ano passado, o lateral participou de 17 jogos na sua primeira temporada com a camisa rubro-negra: 15 pelo Campeonato Brasileiro, um pela Copa do Brasil e um pelo Estadual. Ele foi titular em 11 oportunidades.
As diretorias de Atlético e Ferroviária chegaram a romper relações por causa de uma negociação envolvendo Renato Cajá. O meia, atualmente na Ponte Preta, é cria da Ferroviária e, mesmo com a preferência de compra, o Furacão ficou de mãos abanando.
A parceria voltou a funcionar efetivamente após a chegada de Sidiclei Menezes ao Rubro-Negro. Ex-diretor de futebol do Arapongas e funcionário do Atlético desde fevereiro de 2014, o dirigente se tornou o elo entre os dois clubes.
Como funciona a parceria
O Atlético paga os salários de todos os atletas que são emprestados para a Ferroviária (já passaram de 30). Em troca, o Furacão escolhe as promessas do time parceiro e fica com 50% dos direitos econômicos dos atletas.