O atacante Leonardo faz parte do rol de jogadores pertencentes à L.A.Sports no elenco do Coritiba| Foto: Antonio More / Gazeta do Povo

Dez pontos em quatro jogos no returno deram novamente a liderança da Série B ao Coritiba. Desses, pelo menos sete foram garantidos com gols de três jogadores trazidos pela L.A. Sports. Leonardo, Léo Gago (contratações recentes) e Rafinha (emprestado pelo São Paulo desde o início do ano) vieram reforçar o Coxa por intermédio da empresa.

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Se há a alegria pela conquista da primeira posição, há também uma preocupação latente: como evitar que o Coritiba seja usado so­­mente como vitrine dos em­­presários? "Nós não teremos esse problema porque quem decide tudo sobre o jogador é o Coritiba. Dife­­rentemente do Paraná ou do Avaí, o Coritiba não abre mão disso", garante o vice-presidente do clube, Vílson Ribeiro de An­­drade.

Dos times citados, o Paraná man­­teve parceria com a L.A. Sports e obteve sucesso chegando à Libertadores de 2007. Mas o clube se tornou dependente da em­­presa até o rompimento entre as partes. O Avaí chegou à Sé­­­­rie A com o futebol gerenciado pela parceira. Teve sucesso no primei­ro ano e aparentemente está em declínio.

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"Se você analisar, no Avaí, o time é da L.A. No Coritiba são dois jogadores apenas", argumenta Andrade, citando os titulares. Na verdade, são mais. Os dois citados, Leonardo e Léo Ga­­go, e também o goleiro Vanderlei, o volante Mar­­cos Paulo e o meia Sandro. Além do meia Rafinha, que teve como ponte a empresa no em­­préstimo do São Paulo.

"O Cori­­tiba é uma grife, um time de Primeira Divisão. O projeto com a L.A. é importante, mas o time não ocupa essa posição pe­­la L.A.", defende o vice-presidente, argumentando que existe todo um plantel por trás da campanha: "Não seria justo com os demais."

Do elenco coritibano, 12 jo­­­­ga­­dores são emprestados e po­­­­­­dem deixar o clube no fim do ano: Tche­­co, Ângelo, Fabinho, Be­­ti­­nho, Bill, Dudu, Triguinho, En­­rico, Marcos Aurélio, Ra­­fi­­nha, Léo Gago e Leonardo.

Cada qual tem uma situação. Dudu, deve voltar ao Cru­­zeiro, mas o clube entende que o benefício técnico trazido pelo jogador paga o uso da vitrine. Ra­­finha de­­ve romper com o São Paulo e ficar. Marcos Auré­­lio – que pode voltar ao time contra o ASA, sábado, no Couto – e Tche­­co são prioridades.

Mas a gestão dos contratos passa pela necessidade da volta à elite. "É uma montagem que a gente fez para a Série B. O Cori­­tiba subindo vai ter mudanças. Vamos fazer avaliações. A permanência do Tcheco, por exemplo, é importantíssima. E vamos agregar valores", projeta Vílson. Considerando prematura a preocupação, o dirigente ainda faz questão de ressaltar: "O Coritiba não é um time de aluguel."

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