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Reunião extra

Curiosamente, justamente no dia em que houve o primeiro encontro entre o Atlético e a construtora OAS, Gláucio Geara convocou uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, do qual é presidente, para o dia 31 de maio. As pautas são a apresentação da posição atual das obras de adaptação da Arena da Baixada em relação às exigências da Fifa e o posicionamento a respeito das conversas com os órgãos públicos envolvidos. "Não é para apresentar nada de definitivo, apenas a situação atual das obras", minimizou Geara.

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O Atlético está próximo de en­­contrar uma saída para a conclusão da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014. Em vez de mirar exclusivamente uma solução vinda do poder pú­­blico, o clube abriu a possibilidade de contar com o auxílio da iniciativa privada. Trata-se da construtora OAS, responsável pelas obras de dois estádios para o Mundial no Brasil, em Natal e Salvador.

Nada foi sacramentado ainda, mas o interesse na parceria é mútuo. O clube busca uma alternativa para viabilizar o início das obras o mais breve possível e a construtora enxerga no empreendimento uma oportunidade de participar mais intensamente dos projetos da Copa. Apesar de não ser oficial, uma reunião realizada ontem na Arena deixou os dois lados satisfeitos no sentido de formalizar o entendimento.

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"Essa visita deles [OAS] foi importante para nós, já que conseguiram viabilizar outras arenas. Não temos um desenho [de negócios] ainda, mas disponibilizamos toda a nossa estrutura e agora vamos partir para o estudo deles. Provavelmente tenhamos outros encontros", adiantou, mesmo cauteloso, o presidente do Conselho Deliberativo do Atlé­tico, Gláucio Geara.

Segundo o dirigente, o clube está trabalhando com afinco para decretar o fim do imbróglio que ganhou corpo após o anúncio do novo valor das obras, estimado em R$ 220 milhões. "O Atlético está 100% empenhado na solução, que não depende somente de nós. A Copa para o Atlético é uma grande prioridade e estamos fazendo a nossa parte. Estamos trabalhando pela conclusão e não trabalhamos com plano B até esgotar todas as formas possíveis de viabilizar [a Arena]", complementou Geara.

Na outra ponta, o líder de de­­senvolvimento da OAS, Marcos Borghi, afirmou que uma formatação de negócios está em andamento para que a empresa se posicione de forma concreta. "Como estamos envolvidos em outros empreendimentos no Brasil, conhecemos os interesses do Atlético e como pensam em viabilizar a obra. A partir de agora é estudar a questão em relação ao que foi dito", comentou.

Sobre a forma como seria feita a parceria, nada é descartado. A empresa já trabalha com um modelo totalmente privado, entre clube e construtora (Arena do Grêmio), e outro por meio de Parcerias Público-Privadas (Arena das Dunas, em Natal, e Fonte No­­va, em Salvador). No caso do está­­dio curitibano, Borghi vê inclusive a possibilidade de utilização dos créditos do potencial construtivo, já garantidos pelo Atlético em parceria com o governo do estado e a prefeitura municipal.

"Aqui há o interesse de empregar potencial construtivo e temos de estudar caso a caso. Isso vai depender do tipo da modelagem financeira para ser um projeto sustentável, igualmente para nós e para o clube", concluiu Borghi.

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