A defesa do Paraná não é só a menos vazada do Brasileiro ao lado de Fortaleza e Fluminense. Com a média inferior a um gol sofrido por jogo, a equipe tem o melhor rendimento defensivo da história do clube em campeonatos nacionais.

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Em nenhum edição o Tricolor terminou com esta marca de 0,9 gols/partida (ver tabela). A defesa mais segura até hoje havia tido o ídolo Régis no comando, mas foi vazada, em média, uma vez por partida em 94. Neste levantamento, não estão incluídas as campanhas de 1993 – quando o Tricolor disputou uma Segunda Divisão disfarçada – e de 2000 – quando venceu o Módulo Amarelo da Copa João Havelange e caiu nas quartas-de-final contra o campeão Vasco.

A eficiência da atual zaga é determinante para a boa campanha. O clube é o melhor paranaense na tabela e ocupa o oitavo lugar, com 18 pontos. Até agora, a retaguarda comandada por Flávio, Daniel Marques, Aderaldo e Marcos sofreu apenas 10 gols em 11 rodadas.

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O sucesso não é gratuito. O clube estudou as características dos defensores para se adequarem às propostas do técnico Lori Sadri. Marcos já havia feito a função de líbero sob o comando do treinador no Vitória, em 2003. Daniel Marques era alto e a diretoria foi buscá-lo no interior paulista. Para completar, o que parecia mais difícil. "Poucos clubes têm um quarto zagueiro forte e canhoto como o Aderaldo. Apesar de novo ele, é rodado, passou por vários clubes e trouxe experiência à equipe", disse o treinador.

Era o conjunto ideal, dentro das possibilidades financeiras do clube, para atuar ao lado de Flávio. "Mesmo assim não nos pouparam críticas. Fui muito questionado por adotar o 3–5–2. Parece que qualquer time no Brasil pode jogar em essa formação, menos o Paraná. Está aí a prova de que estamos no caminho certo", desabafou Lori.

Os jogadores desfrutam com modéstia e cautela o atual momento. O trio de zagueiros e o camisa 1 dividem os méritos da barreira paranista com os demais do elenco. "Está funcionando porque todos ajudam na marcação", disse Aderaldo. "Realmente está dando certo, temos jogadores de várias características que se completam. Um alto, um técnico e um rápido. Mas precisamos melhorar em muitos aspectos, as falhas têm acontecido", pondera Daniel Marques.

Há três anos na Vila Capanema, Flávio não considera ser este o melhor momento no clube. "Não adiantaria nada se o ataque não tivesse fazendo os gols. O ideal é o equilíbrio, essa é a nossa diferença", completou o Pantera.