Carlos Arcos, arquiteto responsável pelo projeto de conclusão da Arena da Baixada, é primo de Mário Celso Petrgalia, inimigo número 1 da atual diretoria atleticana. Arcos, no entanto, não vê problemas no parentesco. "Sou contratado do clube e não de um ou outro diretor", diz. Sobre as obras no estádio, ele não dá detalhes do desafio. "Sempre há muito a fazer em um palco de Copa."
Ataques
De um integrante da atual diretoria do Atlético sobre como as coisas funcionavam no clube: "O escritório do Petraglia era um posto avançado do clube. Tudo tinha de passar por lá."
Ligações
Além de ser sócio da empresa Kangoo, dona da patente das cadeiras da Arena da Baixada e de outros estádios brasileiros, Mário Celso Keinert Petrgalia, filho do ex-presidente do Atlético, também participa do Premier Group, responsável pelos planos de sócio-torcedor dos catarinenses Avaí e Joinville, além do Operário de Ponta Grossa.
Até para o rival
O presidente do Paraná, Aquilino Romani, confirmou que foi procurado por Mário Celso Petraglia para conhecer o projeto de sócio-torcedor vendido pelo filho do ex-dirigente atleticano e também para encadeirar a Vila Capanema. "Nem chegamos a falar em valores. Os custos seriam muito altos para as nossas possibilidades. E, também, colocar cadeiras no tempo, sob sol e chuva, não seria apropriado", disse Romani.
Incursão diplomática
A diretoria do Paraná tirou a quinta-feira passada para visitar o Coritiba e a Federação Paranaense de Futebol. A ideia "fortalecer o futebol paranaense" já que tricolores e alviverdes disputarão a Série B neste ano e querem juntos brigar por cotas de televisão e outras vantagens na Segundona.
O ex e o atual
Na reunião do Conselho Deliberativo do Paraná, na quinta-feira, ocorreram cobranças para cima do vice financeiro Aurival Correia. O ex-presidente foi questionado pela situação monetária deixada por sua administração e, especialmente, pelos jogadores das categorias de base que saíram do Paraná alegando falta de pagamento de salário e de fundo de garantia. "Conversamos porque houve muita cobrança no clube. Mas o grande problema é a falta de recursos que causa isso", minimizou o atual presidente Aquilino Romani.
Ajuda alheia
O Cerâmica, goleado pelo Paraná por 6 a 1, na quarta-feira, veio a Curitiba com auxílio do Tricolor. Pela primeira vez a equipe da Região Metropolitana de Porto Alegre viajou para fora do estado, e o supervisor paranista Rafael Zucon ajudou os rivais a organizarem reservas de hotel e o deslocamento por Curitiba. Teve até visita de cortesia para os gaúchos.
Seleção em Curitiba
A seleção brasileira ainda não tem a data definida para passar pelo CT do Caju. O período de cerca de cinco dias na largada da preparação para a Copa do Mundo deve ser anunciado após reuniões do estafe da CBF nos próximos dias. Nem mesmo a garantia de que o time de Dunga partirá do Paraná direto para a África existe. "Essa é a tendência, mas ainda não está confirmado", disse o assessor de imprensa da CBF Rodrigo Paiva.
Frase
"Ele (Petraglia) é um homem polêmico. É uma pessoa que não consegue viver sem o poder. Deve ser difícil para o ego dele aceitar que não tem ninguém para mandar e desmandar. Isso é um problema de cabeça que quem tem de cuidar é o psicanalista dele. O Mário tem o direito de espernear."
CT em destaque
O centro de treinamento do Rubro-Negro também terá a estrutura do seu departamento médico em destaque. Nos dias 7 e 8 de maio ocorre no Caju o Congresso Brasileiro de Medicina Esportiva, com a participação das principais autoridades do assunto no país, inclusive José Luís Runco, médico da seleção brasileira.
Colaboraram Elaine Felchacka, André Pugliesi, Ana Luzia Mikos e odrigo Fernandes.
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O site
É brincadeira, mas bombou na rede nesta semana. O cachorro de guarda não aceita ser chamado de corintiano. A raiva do animal se torna cômico. http://preview.tinyurl.com/corintianonao
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EntrevistaLori Sandri, técnico de futebol
Como foi trabalhar em um clube que está tão em baixa como o Santa Cruz (deixou a equipe no dia 5 de fevereiro)?
O objetivo era um trabalho de longo prazo. Afinal, é uma equipe que não tem uma base há muito tempo e só vem caindo. O pessoal que está trabalhando hoje aqui tem muita dificuldade de fazer voltar ao que era. O grupo que pegou o clube encontrou luz, água e telefone cortados. Tinha funcionário há 16 meses sem receber. A iluminação dos jogos noturnos era feita com um gerador.
Por isso o trabalho não deu certo?
A opção era por um trabalho de longo prazo, mas com poucos recursos. A folha não podia passar de R$ 200 mil. Nesse caso, você não vai buscar no mercado jogadores com altos salários. Fomos atrás de atletas que conhecíamos, mas muitos deles estavam afastados ou contundidos. Jogando quarta e domingo tivemos transtornos quando começaram as suspensões e contusões.
Há investimentos da construção civil nos três clubes do Recife. Isso melhorou as condições de trabalho?
Não sei se melhorou. Só sei que rescindi o contrato há 20 dias e eles não querem pagar o que estava estipulado para a rescisão. Acho que isso é papo furado. Se tem dinheiro, não sei para onde está indo. Tem um sistema aqui de trocar a nota fiscal por ingresso. O estádio enche, mas para o clube não vale a pena. O custo por ingresso sai muito baixo.
E como você vai agir com esse problema?
Mandaram me dizer que eu estava dispensado e não me pagaram nada. Estão se escondendo. Continuo no Recife, mas não estou curtindo verão coisa nenhuma. Estou com uma baita dor de cabeça por isso. Devo entrar na Justiça do Trabalho até segunda-feira (amanhã) e na terça volto para Curitiba.
Como você avalia o atual momento do futebol paranaense?
É necessária a organização total dos clubes buscando o que o Internacional conseguiu, por exemplo. Um clube com mais de 100 mil sócios não depende das cotas de televisão. Há discriminação muito grande na distribuição das verbas e cada vez mais os grandes querem ficar só os 13. Só com muita organização e estrutura dá para competir.
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