O técnico Carlos Alberto Parreira não gostou de saber que o campeonato sul-africano terminará apenas no dia 6 de março e não em 28 de feveireiro, como ele planejava. Parreira contava com esta data para poder viajar para o Brasil com a seleção para um mês de treinos já em 3 de março. O problema é que os clubes sul-africanos não concordaram em disputar a reta final do campeonato 2009/2010 em apenas um mês. Muitos reclamaram publicamente, como o ex-jogador e hoje técnico Hristo Stoichkov, do vice-líder Mamelodi Sundowns.
O impasse foi criado porque a Federação Sul-Africana (Safa) administra a seleção, mas quem toca o campeonato nacional é a associação de clubes (PSL). Na queda de braço, os clubes levaram a melhor e a seleção só poderá se reunir uma semana depois do que foi planejado por Parreira. O técnico já havia dito antes que não considerava a hipótese de ter que adiar a viagem.
"Nós já finalizamos o projeto da viagem ao Brasil há muito tempo e não podemos fazer nenhuma mudança agora", reclamou Parreira, dias antes da confirmação da mudança.
A Federação Sul-Africana admitiu que demorou a tomar medidas que não atrapalhassem os planos da seleção. Em outubro a associação de clubes informou à Safa que poderia ter que estender o campeonato para não prejudicar os clubes que estivessem disputando também os torneios continentais. A Safa, no entanto, nada fez.
"Infelizmente, por alguma razão, nós não agimos quando deveríamos e por isso não podemos culpar a PSL por nada. Alguns clubes terão que jogar torneios continentais e vai ser impossível terminar o campeonato em fevereiro", lamentou Leslie Sedibe, que assumiu em janeiro o cargo de diretor-executivo da Safa, em entrevista ao jornal The Star.
A menos de seis meses para o início da Copa do Mundo, Parreira sabe do imenso trabalho que tem para transformar a África do Sul numa equipe realmente competitiva. Por isso, conta com quatro períodos de treinos até o Mundial para ajustar o time.
Mês de março no Brasil
O primeiro deles já está em andamento, em Durban. Depois, a equipe passará o mês de março no Brasil, o de abril na Alemanha e voltará a se reunir em maio na África do Sul para completar a preparação.
Neste sábado, os Bafana Bafana fazem amistoso contra a Suazilândia, em casa. Uma boa oportunidade para quebrar a incômoda sequência do time. Nas últimas sete partidas, apenas um gol marcado contra a frágil seleção de Madagascar. Já com Parreira no comando, foram dois 0 a 0, contra Japão e Jamaica.
Depois do amistoso contra a Suazilândia, neste sábado, a África do Sul enfrenta o Zimbábue na quarta-feira.
"Nós não esperamos que os jogos sejam fáceis como um passeio nos parque, mas nossos planos são vencer um e depois o outro. Eu estou particularmente feliz com a confiança que recebi do treinador e também com as palavras de otimismo que ele passou para todos nós durante os treinos", elogiou o meia Teko Modise, a principal estrela do time na ausência dos "estrangeiros" Steven Pienaar e Benni McCarthy, que não foram liberados por seus clubes.
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