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Além dos sete postes derrubados, outros ficaram retorcidos | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Além dos sete postes derrubados, outros ficaram retorcidos| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Calama, Chile – Trezentos e sessenta e cinco dias em 180 minutos. Todo o trabalho de um ano inteiro resumido em duas partidas de futebol. Esta é a história do Paraná na Libertadores, que começa hoje, contra o Cobreloa, às 18h15 (19h15 de Brasília), no Estádio Municipal de Calama. A partida de volta será dia 7, no Durival Britto.

Em jogo, além da vaga para a fase de grupos da competição continental, um prêmio ainda difícil de mensurar. Primeiro, por todo o esforço despendido pelo Tricolor em 2006 para chegar até aqui. Depois, pois a partir desta partida o time da Vila Capanema estará na frente de uma encruzilhada na qual o caminho a ser seguido praticamente decidirá o rumo da atual temporada.

Apenas na parte financeira, o cálculo inicial chega próximo de US$ 1 milhão no caso de o Paraná se classificar. Leve-se em conta para se chegar a esse valor os US$ 100 mil da pré-Libertadores, US$ 300 mil da primeira fase e mais as quatro partidas em casa – quando a renda é destinada ao mandante e o clube paranaense ganhará em torno US$ 10 mil por jogo a cada placa publicitária colocada no estádio.

A queda precoce, contudo, traz consigo um cenário exatamente oposto. O prejuízo será na mesma proporção que viriam os lucros. Daí, o Tricolor terá de pagar os salários de atletas qualificados jogando apenas um deficitário Estadual – e ainda sem contar com dinheiro da tevê do Brasileirão. Há de se contabilizar também que, ao disputar a Libertadores, deixou para trás a Copa do Brasil e a Sul-Americana.

"Se fôssemos uma empresa, se fizéssemos uma conta bem comercial, seria discutível. Mas nosso objetivo é outro. Queremos é projeção para o clube, satisfação para o torcedor", afirma o presidente tricolor, José Carlos de Miranda.

Para o dirigente, a frase dita para ele pelo conselheiro Raul Trombini – de que Miranda havia restituído a dignidade de se ser paranista – ainda é a motivação para continuar planejando uma ascensão ainda maior ao clube. "Isso me move".

O sentimento que parte de cima chega rapidamente embaixo. Até para quem chegou há pouco tempo, a importância da partida contra o Cobreloa ultrapassa os parâmetros normais. Dinélson, há apenas duas semanas no Tricolor, é exemplo emblemático: "Mesmo sendo o último a me juntar ao grupo, já entendo bem o que isso significa para a história do Paraná. É a nossa chance de obter uma glória que clubes bem mais tradicionais ainda não conseguiram. Sei que esses jogos podem virar um marco no clube".

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