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Neguette foi um guerreiro e quis continuar em campo mesmo machucado, mas técnico Lori Sandri não deixou | Antônio Costa / Gazeta do Povo
Neguette foi um guerreiro e quis continuar em campo mesmo machucado, mas técnico Lori Sandri não deixou| Foto: Antônio Costa / Gazeta do Povo

Horrível, bisonho, desolador... Qualquer palavra do gênero é pouco para descrever o futebol do Paraná na partida de ontem contra o penúltimo colocado Náutico. Uma derrota incontestável por 4 a 2 que justificou completamente a entrada do Tricolor na zona de rebaixamento.

Quando a torcida esperava um time mordido e pronto para descontar a goleada de 6 a 0 para o São Paulo nos pernambucanos – que além de tudo denunciaram o Paraná ao STJD pela suposta escalação irregular do volante Batista em três partidas –, o que se viu foi uma continuidade do desastre do Morumbi, desta vez em pleno Durival Britto.

O time paranaense entrou em campo apático como deixou o gramado em São Paulo. Sem esboçar reação, viu um surpreendentemente ofensivo Náutico criar uma chance de gol atrás da outra. Até que na quarta delas, com apenas seis minutos, Geraldo – recentemente dispensado pelo Coritiba – cruzou da esquerda e Acosta se antecipou à defesa para cabecear e abrir o placar.

Era nítida a falta de ritmo de jogo do volante Muçamba, que reestreou com a camisa tricolor justamente numa tentativa do técnico Lori Sandri de dar mais pegada ao meio-de-campo. Sem jogar desde maio, quando iniciou o Brasileiro pelo América-RN, ele ficou perdido em meio ao toque de bola do Timbu.

Se Muçamba já sofria, a coisa piorou de vez com a entrada do meia Rodrigo, que havia atuado pela última vez defendendo o Boavista no Estadual do Rio de Janeiro. Também sem ritmo, ele simplesmente não pegou na bola e acabou substituído pelo atacante Lima no início da segunda etapa. Depois da partida, o próprio treinador admitiu o erro de lançar o jogador antes do tempo.

Não adiantou muita coisa sacá-lo. Aos 17 minutos Júlio César aproveitou um passe de calcanhar de Acosta para aumentar a vantagem do Náutico. O capitão Beto ainda descontou de cabeça logo em seguida, mas uma bobeira geral permitiu aos pernambucanos bater rapidamente uma falta no campo de defesa e Geraldo aparecer livre na área para aproveitar novo passe de Acosta e fazer 3 a 1.

Mesmo com a péssima partida, a esperança tricolor ressurgiu depois que o artilheiro Josiel diminuiu. Mas o time terminou em frangalhos, com nove jogadores em campo. Neguete se contundiu depois das três substituições já terem sido feitas – machucado, o goleiro Flávio deu lugar a Gabriel no intervalo – e Beto foi expulso após perder a cabeça e atingir o adversário sem bola. Assim ficou fácil para Marcelo Silva marcar o quarto do adversário, resultado que ressuscitou o Timbu e escancarou que definitivamente a briga do Paraná é contra o rebaixamento.

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Em CuritibaParaná 2 x 4 Náutico

ParanáFlávio (Gabriel); Daniel Marques, Neguete e João Paulo (Rodrigo) (Lima); Léo Matos, Muçamba, Beto, Éverton e Paulo Rodrigues; Vinícius Pacheco e Josiel. Técnico: Lori Sandri.

NáuticoEduardo; Sidny, Toninho, Onildo e Júlio César; Elicarlos, Daniel Paulista, Acosta (Maurício) e Geraldo; Marcelinho (Marcelo Silva) e Ferreira (Vágner Rosa). Técnico: Roberto Fernandes.

Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Giuliano Bozzano. Gols: Acosta (N) aos 6/1.º; Júlio César (N) aos 17/2.º, Beto (P) aos 20/2.º, Geraldo (N) aos 28’/2.º Josiel (P) aos 33’/2.º e Marcelo Silva (N) aos 41’/2.º. Amarelos: Muçamba e Rodrigo (P); Daniel Paulista, Sidny e Acosta (N) Vermelho: Beto (P) aos 44/2.º. Renda: R$ 31.041,00. Público pagante: 2.860 (3.531 total).

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