O jogo
Em média, um gol para cada onze minutos de bola rolando na Arena
Os pouco mais de oito mil atleticanos que foram à Arena da Baixada sábado à noite, na partida contra o Serrano, certamente não se arrependeram de chegar em casa um pouco mais tarde. Em média, a cada 11 minutos, puderam tirar o grito de gol da garganta e comemorar a goleada que se transformou na primeira vitória do Atlético no Paranaense.
A chuva de gols, que começou com a precisão da bola parada de Netinho nos gols de Alan Bahia aos 4 e aos 23 minutos, teve seu ápice nos belos gols de Marcelo e Bruno Furlan. O primeiro foi uma arrancada fulminante desde a intermediária até a cara do goleiro Val. O segundo, um petardo indefensável que acertou o ângulo do arqueiro visitante.
Outro destaque fica para o oportunismo do atacante Bruno Mineiro, que marcou seus primeiros gols com a camisa rubro-negra. Para o avante, a queda de rendimento na segunda etapa não foi tão grande quanto nas partidas anteriores. "Hoje (sábado) demonstramos que podemos manter isso e aos poucos tudo vai sair da maneira que queremos".
Para o torcedor atleticano, bem que o Campeonato Paranaense poderia ter começado sábado à noite, contra o Serrano, na Arena da Baixada.A goleada por 8 a 0 sobre o caçula do torneio igualou a maior vitória da história do estádio rubro-negro contra o Iguaçu, em 11 de março de 2007 e praticamente apagou o mau começo de temporada do time. Nos dois jogos anteriores, contra Toledo e Operário, os comandados do técnico Antônio Lopes somaram apenas um empate e uma derrota.Aproveitando-se da fragilidade do caçula do torneio, Alan Bahia (2), Bruno Mineiro (2), Bruno Furlan, Marcelo, Márcio Azevedo e Netinho decretaram o placar histórico. Metade dos gols no primeiro tempo e o restante na segunda etapa.
"Por causa da postura ofensiva, eles fizeram com que o jogo ficasse muito fácil para a gente", confirmou Lopes, em entrevista coletiva após a partida. Antes do confronto, o treinador atleticano, que lançou a campo um time com média de idade de 22,5 anos, revelou que teve uma importante conversa com o elenco sobre os resultados prévios.
Para o Delegado, apesar do já previsto desgaste excessivo nas primeiras rodadas, o desempenho estava abaixo do esperado. "Mostramos a realidade. Ainda não tínhamos entrado na competição", apontou o comandante.
Ainda com reforços por estrear (Serna, Tartá e Vanegas) e jogadores fora de combate (Paulo Baier, Alex Mineiro e Alex Sandro), o Atlético exagerou no marcador para mostrar que ainda há um largo potencial para evolução.
Nem o retrospecto desfavorável sem o maestro Paulo Baier (4 derrotas e 1 empate desde sua contratação) foi capaz de evitar o primeiro do triunfo do Furacão. O meia Netinho, responsável por cumprir o papel do capitão atleticano, foi um dos melhores do jogo, com um gol e três assistências. "Fomos todos muito bem, principalmente o Netinho", elogiou o volante Valencia. "Estava confiante para bater o pênalti, mas é bom ajudar um companheiro que estava precisando", emendou Alan Bahia, que ofereceu a bola para o colega bater e marcar o quinto tento da noite."Agradeço ao Alan. Isso mostra o quanto estamos unidos. Deixamos a desejar nos outros jogos, mas esse placar vai nos dar confiança para os próximos", finalizou Netinho, que depois de muito tempo, ouviu seu nome gritado nas arquibancadas. A próxima partida do Rubro-Negro será na quarta-feira, contra o Cascavel, fora de casa.
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