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O governo do estado articula mais uma saída para o término da Arena para a Copa 2014. A ideia é convencer empresas, como a Renault e a Audi/Volkswagen, com sedes em São José dos Pinhais, na região me­­tro­­politana de Curitiba, a quitar parte dos débitos fiscais que têm com o estado através de investimentos na obra, contando com in­­­­centivos para tanto. Apenas as duas montadoras juntas deveriam quase R$ 3 bilhões aos cofres públicos.

A aprovação da medida será discutida na Assembleia. O deputado estadual Luiz Cláudio Ro­­manelli (PMDB) acredita que o incentivo possa servir também para obras em outros locais. "Não temos um grande ginásio, nem mesmo mais a Pedreira [Paulo Leminski, desativada] para reunir grandes multidões. Vamos am­­pliar o leque desse incentivo."

A articulação precisa sair antes de 6 de julho, data na qual o prefeito Luciano Ducci e o governador Orlando Pessuti embarcam à África do Sul para um encontro com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Lá, terão de dar ao Comitê Organizador Local (COL) e ao ministro dos Esportes, Orlando Silva, a solução para o evento. Silva teria segurado a indicação da Arena depois de saber da intenção de uma parceria público-privada via Copel.

O aporte de R$ 40 milhões feito pela companhia estatal de energia será discutido na mesma data em que os políticos embarcam à África. Uma audiência pública com representantes do município, estado, clubes e Co­­pel está marcada para a data. Quem defende a ideia justifica o marketing ao fato de que a Copel atuará nos ramos de telefonia fixa e internet ainda este ano.

O Atlético aguarda em paralelo resposta do Banco Nacional de De­­senvolvimento Econômico e So­­cial (BNDES), quanto ao financiamento da obra, para amanhã ou sexta-feira. Os atleticanos querem oferecer os papéis do potencial construtivo (permuta em que quem investir no estádio receberá aval para construir acima dos pa­­drões urbanos estabelecidos em uma determinada área da cidade) como garantia financeira, ao invés do imóvel em si.

Politicamente, trabalha-se para que algum agente financeiro privado compre a ideia, uma vez que há necessidade de um intermediário entre o BNDES e o credor. Além disso, um convênio entre estado e prefeitura de R$ 80 milhões (mesmo valor do aporte em potencial construtivo) deve ser assinado para obras na cidade, como fator compensatório à oferta do município.

Outra queixa do Atlético está em negociação. Coritiba e Paraná receberão os mesmos benefícios, mas sem necessidade de financiamento imediato – o que poderia banalizar o valor dos papéis. O governo estuda priorizar a venda atleticana até a conclusão do estádio.

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