Diretor nega interferência
O diretor de futebol Vavá Ribeiro classificou como "ridícula" a insinuação de um grupo nas sociais da Vila, após a derrota de quinta-feira para o Náutico, de que ele escalava o time. "Isso não existe. Pode perguntar para qualquer técnico que passou por aqui este ano", rebateu o dirigente, alvo da irritação por ser o idealizador do fundo formado por conselheiros parceiro do clube em negociações. "Ano passado, quando fomos campeões e chegamos à Libertadores, ninguém tocou no meu nome", acrescentou.
Vavá contestou até a alcunha pela qual o fundo ficou conhecido. "Nem de onde saiu isso de GI (grupo de investimentos). Deveria se chamar GA, porque é um grupo de ajuda. Nunca tiramos um centavo", afirmou, garantindo que todo o dinheiro ganho desde o ano passado foi reinvestido. "Para a gente, não perdendo está bom. O importante é não deixar o clube exposto a empresários."
Ele se refere aos anos de 2004 e 2005, nas quais o Paraná fez parcerias com investidores externos. "Se alguém tiver uma solução melhor para o clube tem de apresentar." (NF)
O dia seguinte à derrota de 4 a 2 em casa para o Náutico foi surpreendentemente calmo na Vila Capanema. Nada de protestos de torcedores, dispensas de jogadores ou cobranças exasperadas de dirigentes, como poderia se esperar após o novo vexame que se seguiu à goleada de 6 a 0 para o São Paulo, ocasionando a entrada do Paraná na zona de rebaixamento.
Pelo contrário. Considerando que uma caça às bruxas deixaria o ambiente ainda mais pesado, a diretoria preferiu agir na base do paternalismo, tentando passar confiança ao elenco. O vice-presidente de futebol José Domingos e o diretor de futebol Vavá Ribeiro se reuniram antes do treino de ontem com a comissão técnica e os atletas para expor a posição do clube.
A sala de imprensa, anexa ao vestiário, chegou a ser fechada por medo de que algum repórter colasse o ouvido à porta para captar detalhes. Mas, pelo que comentaram dirigentes e jogadores, não havia o menor motivo para mistério. "Lógico que temos de cobrar, mas neste momento é fundamental dar apoio. Precisamos que todos acreditem e o time se feche ainda mais, porque só assim teremos uma resposta positiva", disse Vavá. "O que posso dizer é que eles mostraram confiar nos atletas que aqui estão", confirmou o zagueiro Neguete.
Além da conversa geral, alguns jogadores foram chamados para ouvir recomendações individualmente. De certa forma, os próprios dirigentes e o técnico Lori Sandri vão fazendo o papel de psicólogos que Domingos identificou ser necessário após a derrota de quinta-feira. "Como estamos em cima da próxima partida [amanhã, novamente na Vila, contra o Corinthians] e os jogadores deixaram claro que estão cientes da situação delicada, decidimos que não era necessário uma palestra com um profissional especializado", contou o vice-presidente.
Depois do bate-papo, os dirigentes decidiram também voltar atrás na intenção de antecipar para ontem à noite o início da concentração. Como de costume, os jogadores seguirão para o hotel após o treino da manhã deste sábado.
Nitidamente fora de ritmo, o volante Muçamba e o meia Rodrigo farão um trabalho especial para ganhar força mas não está descartada a utilização do primeiro contra o Timão. A novidade deve ser o retorno do zagueiro Nem, um dos líderes do elenco, recuperado de lesão. Já Neguete e o goleiro Flávio, que se machucaram quinta-feira, ainda são dúvidas.
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