Os escândalos envolvendo a Fifa estão deixando os patrocinadores da entidade e da Copa do Mundo preocupados. Depois de Coca-Cola e Adidas demonstrarem seu descontentamento com os recentes acontecimentos, nesta terça-feira foi a vez da Emirates e da Visa revelarem preocupação com os escândalos de corrupção envolvendo a entidade.
"A Emirates, assim como todos os fãs de futebol ao redor do mundo, está desapontada com os problemas que estão repercutindo na administração deste esporte", declarou Boutros Boutros, vice-presidente sênior da Emirates, em comunicado. "Esperamos que esses problemas sejam resolvidos o mais rápido possível e que no fim prevaleça o interesse do jogo e do esporte em geral", completou.
Este descontentamento dos patrocinadores pode trazer sérios prejuízos financeiros para a Fifa no futuro. Preocupadas com a imagem da entidade máxima do futebol mundial, estas empresas podem querer desvincular suas marcas da Copa do Mundo. A Visa, por exemplo, pediu à Fifa que resolva os problemas rapidamente. "A atual situação claramente não é boa para o jogo e pedimos à Fifa que tome todas as medidas necessárias para resolver as preocupações que têm criado".
A entidade segue investigando os recentes escândalos. Candidato à presidência da Fifa, Mohamed bin Hammam foi acusado de pagar propina ao presidente da Concacaf em encontro com dirigentes caribenhos para garantir votos na eleição que acontece na quarta-feira. O catariano foi julgado culpado das acusações e acabou impedido de participar do pleito.
Ainda nos últimos dias, foi divulgado um e-mail no qual o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, escrevia não entender porque Bin Hammam havia se candidatado à presidência da entidade. Depois, porém, ele minimizou a declaração. "Ele pensou que pode comprar a Fifa como eles compraram a WC (Copa do Mundo)", escreveu, referindo-se à influência do catariano na escolha de seu país para sediar a Copa do Mundo de 2022.
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