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No amistoso Coritiba x Fluminense, José Stolle exibiu a marca da FAG no uniforme | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
No amistoso Coritiba x Fluminense, José Stolle exibiu a marca da FAG no uniforme| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Uma nova sigla, de apenas três letras, vai passar a fazer parte da vida do torcedor paranaense: FAG. Pelo menos durante o Campeonato Estadual deste ano, a Faculdade Assis Gurgacz terá sempre um lugar de destaque dentro de campo. Graças a uma parceria entre a instituição de ensino e a Associação Profissional dos Árbitros de Futebol do Estado do Paraná (APAF-PR), as camisas e calções dos homens do apito trarão em 2009, de maneira bem nítida, o nome da faculdade de Cascavel.

O acordo vale para este ano, mas com previsão de renovação para 2010. Para comprar o espaço publicitário no traje dos árbitros, algo inédito no estado, a FAG custeou a pré-temporada da categoria, que se encerra hoje, além de contribuir com uma ajuda de custo anual à associação e bancar a produção de 300 kits de uniformes completos. Em troca, os árbitros federados terão de utilizar a roupa com patrocínio sempre que forem ao gramado, mesmo que sejam duelos válidos por ligas amadoras.

"Ainda estamos negociando valores, mas deve ficar em torno dos R$ 50 mil", revela o presidente da APAF-PR, Afonso Vitor de Oliveira, que afirma ter negociado sem sucesso com outras duas empresas do ramo de confecções. "Todos os árbitros receberão gratuitamente um kit, composto por três camisas (amarela, preta e verde), dois calções e dois pares de meia. É o uniforme para este ano e o próximo", conta.

O ponto alto da parceria, porém, é a pré-temporada, realizada no campus da faculdade, em Cascavel, entre os dias 15 e 20 – o local ficará ainda à disposição para treinos fora de época. "A arbitragem paranaense está sendo tratada de maneira profissional. A infraestrutura é de altíssimo nível, não fica devendo para nenhum clube da Série A", opina o árbitro Evandro Rogério Roman, integrante do quadro da Fifa. "Nunca tivemos no estado uma pré-temporada completa como esta", garante. "Os árbitros ganharam estrutura, qualificação e a chance de se desenvolver", completa.

A empolgação é corroborada por outro integrante da elite do apito nacional. Héber Roberto Lopes, também da Fifa, considera o patrocínio um "incentivo à classe". Acostumado a sessões de treino promovidas pela entidade máxima do futebol, o londrinense garante que esse tipo de trabalho traz resultados. "Faz diferença ter esse trabalho mais científico, especializado para nossa profissão, tanto fisicamente quanto em termos de colocação no campo", alega. "Para alguns vem sendo difícil porque não estão acostumados, treinam como podem, sem acompanhamento. Já é possível perceber a melhora, principalmente em termos de posicionamento", garante ele, que diz ter aproveitado a semana para o desenvolvimento teórico, físico e mental.

Aristeu Leonardo Tavares, instrutor da Fifa e presente em Cascavel, destacou a qualidade e a importância do fruto do convênio.

"Hoje a pré-temporada é vital para os árbitros terem bom desempenho e a estrutura aqui é assombrosa", analisa. "Mas o trabalho precisa ser revitalizado ao longo do ano", avisa. "E no Paraná, por ser um estado atípico, com muitos árbitros no interior e poucos na capital, há essa dificuldade", destaca. Ele revela ainda que a maior preocupação tem sido a de dar padrão às decisões dos apitadores em situações "menos interpretativas".

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