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A vitória de 1 a 0 do Paraná Clube sobre a Ponte Preta, na tarde deste sábado, na Vila Capanema, representou mais do que a permanência matemática na Série B em 2009. O triunfo serviu para que dirigentes como Paulo Welter, diretor de futebol tricolor, celebrassem o resultado positivo do trabalho que previa salvar o Tricolor do rebaixamento. O fardo retirado das costas fez Welter desabafar.

"Aqui no Paraná as coisas são muito difíceis, as coisas só vêm com muita raça, muita gana e amor. Esse jogo foi muito difícil, mas trabalhamos certo, o grupo está fechado, e nós fizemos um esforço para pagar a premiação pela vitória sobre o Gama. Acredito que, apesar de ainda existir uma chance remota, nós faremos mais pontos até o final", analisou o diretor, para depois endereçar os seus comentários aos adversários.

"Precisamos agora resolver a situação da comissão técnica, para mantê-los. O presidente (Aurival Correia) também precisa definir um vice de futebol, para ser o elo de ligação entre a presidência e o departamento de futebol. O desgaste neste ano foi terrível, após a derrota para o São Caetano, fui chamado de ladrão. Eu estava com o meu filho e isto me magoou muito. Quero que alguém prove que tirei um centavo deste clube. O time não poderia ter caído, e aqueles que derrubaram saíram ilesos", alfinetou, sem citar nomes.

Paulo Welter também não garantiu que continua como diretor de futebol na próxima temporada, já que precisa resolver problemas particulares, porém deixou claro que a sua permanência está ligada à renovação com o técnico Paulo Comelli. E ele espera dificuldades no acerto.

"Precisamos fazer um planejamento, e temos que resolver esta situação da comissão técnica imediatamente. Não será fácil em função dos valores, mas é preciso levar em consideração o custo-benefício. Quem tiraria o Paraná da situação em que estava no fim do primeiro turno? Essa comissão técnica é mais barata do que outras que vieram, e se pensarmos sempre pequeno, nunca vamos sair da Segunda Divisão. Mas é o presidente quem decide, não respondo pela parte financeira".

Sobrou até para a torcida do Paraná no desabafo de Welter. "Não adianta só malhar. A torcida precisa vir nos jogos, pergunto se conseguiremos colocar 10 mil pessoas no próximo jogo, para ajudar a cobrir a premiação dos jogadores. Acho que o torcedor precisa pensar, rever seus conceitos e nos ajudar", finalizou o dirigente.

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