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Diretor de futebol fala que diretoria fez o possível e impossível para evitar queda do Paraná para a Série C: missão cumprida | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Diretor de futebol fala que diretoria fez o possível e impossível para evitar queda do Paraná para a Série C: missão cumprida| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Folga merecida

Garantido na Série B do Campeonato Brasileiro após a goleada sobre o CRB por 4 a 0, na Vila Capanema, na última terça-feira, o elenco do Paraná Clube ganhou três dias de folga. Com isso, os jogadores só voltam aos trabalhos na segunda-feira (24), visando o jogo da última rodada, sexta (28), contra o Santo André.

Um dos responsáveis por evitar a queda do Paraná Clube para a Série C do Brasileirão está bastante magoado. Chamado às pressas após o afastamento do então diretor de futebol Váva Ribeiro, Paulo Welter não pensou duas vezes e assumiu a vaga aberta para não deixar o time sem ninguém respondendo pelo departamento de futebol. Hoje, após ter sido decisivo na montagem do elenco paranista no segundo semestre, ele revela estar chateado em relação ao comportamento de parte da torcida paranista.

"Existe essa ponta de mágoa sim por tudo que aconteceu com a gente nesses últimos jogos. Eu acredito que a torcida tem uma birra muito grande em relação ao que aconteceu com o clube no final do ano passado. Os problemas administrativos e o rebaixamento da equipe ainda incomodam ao torcedor e a nós também. Mas é preciso que eles entendam que não fomos nós que levamos o time para o buraco. Nós estamos tentando tirar ele de lá", reclamou Welter, por telefone, à Gazeta do Povo Online.

No final de 2007, o então presidente do clube, José Carlos de Miranda, foi afastado do cargo por irregularidades e supostamente ter se beneficiado financeiramente em negociações de jogadores. No mesmo ano, apesar de ter disputado a Copa Libertadores no primeiro semestre, o time entrou em queda livre e acabou rebaixado para a Série B.

"É difícil se dedicar tanto por um clube, sem receber um tostão por isso, e ser chamado de ladrão por alguns torcedores. Fomos ofendidos e hostilizados. Eu não preciso disso. Sei que festejar a permanência na Série B não é grande coisa, mas se olhar tudo o que tivemos que superar lá atrás, temos que ficar orgulhosos do trabalho feito", explicou Welter.

Essa insatisfação com a postura de alguns torcedores tem feito, inclusive, com que o dirigente pense em deixar o cargo. "Eu estou tranqüilo, porque fizemos o possível e o impossível para ajudar o clube. Vou viajar esse fim de semana com minha família e pensar muito em tudo isso. Não sei se vale a pena ser ofendido, quando você está tentando apenas ajudar, sem receber nada em troca".

Welter faz questão de valorizar o que ele, o gerente de futebol, Beto Amorim, e a diretoria do Paraná como um todo – além dos jogadores e comissão técnica – conseguiram. "Tem gente que não enxerga, ou não quer enxergar. Acha que isso que fizemos é pouco. Quando pegamos o time, logo depois do jogo contra o Santo André, vou ser sincero: até o mais otimista teria dúvidas sobre o sucesso da nossa missão".

Permanência da comissão técnica e possíveis mudanças

A decisão pessoal de Welter pode esbarrar ou até ser impulsionada pelas decisões que o clube deve tomar no início da próxima semana. O presidente Aurival Correia já fez uma proposta para o técnico Paulo Comelli e espera uma resposta na segunda-feira (24). A manutenção do treinador e a confirmação de um vice-presidente de futebol estão diretamente ligadas a permanência de Welter como diretor de futebol.

"Eu preciso aguardar essas definições. O presidente ficou também de escolher um vice-presidente de futebol e preciso ver se haverá uma integração com essa pessoa". Welter cita também a parte financeira do clube, que segundo ele precisa de mais suporte para que se consiga gerir o futebol sem tanta dificuldade. "Não adianta estar lá o dia todo, se não tiver recursos e condições para trabalhar. Nós precisamos de um suporte melhor".

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