O técnico Márcio Araújo precisará cuidar da técnica, da tática e dos ânimos alviverdes se quiser afastar o fantasma do rebaixamento do Alto da Glória. De um dos camarotes do Beira-Rio, o novo comandante coxa-branca viu a equipe perder por 3 a 2 para Internacional e prolongar a má fase.

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O time chegou ontem à sétima derrota seguinte. A crise, contudo, teria chegado ao ápice antes mesmo do novo tropeço. De acordo com a imprensa gaúcha, quatro jogadores teriam trocado socos na concentração em Porto Alegre. O clube negou a confusão.

O jogo de ontem representava uma segunda chance, quase um presente no atual momento. A equipe até tentou. Jogou bem, conseguiu igualar o placar após estar perdendo por 2 a 0, só que acabou castigada no fim. Assim, o placar foi o mesmo do confronto original, realizado na 21.ª rodada e anulado por causa do escândalo envolvendo o árbitro Edílson Pereira de Carvalho.

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O favoritismo do Inter diluiu-se com a pressa, com os passes errados e a boa marcação paranaense. O Alviverde não teve muito trabalho para se defender diante da burocracia adversária. Mas também não fez nada mais do que isso. Assim o jogo caiu no marasmo. A ponto de não se ouvir a grande torcida no Beira-Rio – 29 mil ingressos foram distribuídos.

A partida só foi esquentar após os 30 minutos, quando os donos da casa tiveram duas boas oportunidades. Numa delas Douglas defendeu e na outra o ataque desperdiçou.

A sorte do último colocado do returno não durou muito. Peruíbe fez pênalti em Ricardinho. Apesar da falta clara, o lance foi duvidoso porque a bola teria saído à linha de fundo dando tiro de meta ao Coxa. Alheio ao erro da arbitragem, Fernandão cobrou bem e abriu placar aos 34 minutos.

O baque foi mal assimilado e a situação piorou cinco minutos depois. O Inter aproveitou um contra-ataque e Rentería arriscou de fora da área. A bola desviou na zaga, enganou Douglas e foi para a rede.

O atacante Maia começou a espantar o azar no segundo tempo. Aos 9’, ele aproveitou um cruzamento e marcou o seu primeiro gol com a camisa alviverde. Era o início da reação.

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O Coritiba abandonou a postura passiva do primeiro tempo, equilibrou o jogo e conseguiu um empate heróico. Ricardinho, um dos piores em campo, se redimiu com um chute de fora da área e marcou aos 31’.

Parecia o início de uma nova fase alviverde. Engano, após uma bate-rebate na pequena área, Rentería decretou a derrota, aos 42’.

Em porto Alegre

Internacional 3Clêmer; Élder Granja, Ediglê, Edinho e Jorge Wagner; Gavilán, Tinga (Wellington), Perdigão (Gustavo) e Ricardinho; Fernandão (Màrcio Mossoró) e Rentería.Técnico: Muricy Ramalho.

Coritiba 2Douglas; Vagner, Anderson Luís e Allan (Marcelo Peabiru); Rodrigo Batata (Márcio Egídio), Peruíbe, Caio, Jackson e Ricardinho; Maia e Renaldo (Souza).Técnico: Cláudio Marques.

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Estádio: Beira-Rio. Árbitro: Cléver Assunção Gonçalves (MG). Assistentes: Marco Antônio Martins e Edgard Sales Abreu (MG). Gols: Fernandão (I), aos 34’, Rentería (I), aos 39’ do 1.º tempo; Maia (C), aos 9’, Ricardinho (C), 31’, Rentería (I), aos 42’ do 2.º tempo. Amarelos: Élder Granja, Ediglê, Márcio Mossoró e Perdigão (I); Alan, Maia, Rodrigo Batata e Caio (C).