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Édson Bastos esteve na última conquista alviverde longe de Curitiba | Antonio More/Gazeta do Povo
Édson Bastos esteve na última conquista alviverde longe de Curitiba| Foto: Antonio More/Gazeta do Povo

Mais uma vez, o destino pode privar o torcedor coxa-branca de ver seu time erguer um troféu na­­cional em casa. Como em 73, 85 e 07, o Coritiba terá a oportunidade de ser campeão longe do Couto Pe­­reira. Parece uma sina: mesmo quando pôde decidir diante de seu torcedor, as circunstâncias não deixaram. Desta vez, a sorte do Coxa estará em jogo em Jua­­zeiro do Norte, no Ceará, contra o Icasa, no próximo sábado.

Em duas ocasiões não havia muito como fugir da volta olímpica em terras estranhas. Na mais especial delas, em 1985, a CBF previu um jogo único no Mara­­canã entre os finalistas do Brasi­­leirão. Lá foi o Coxa encarar o Bangu e um público de 91.257 pagantes. Nos pênaltis, veio o título da Primeira Divisão.

No Torneio do Povo de 1973, também não havia como ser campeão em casa. O quadrangular final previa duas partidas jo­­gadas longe de Curitiba, em turno único. Após vencer Corin­­thians no Couto e Flamengo no Maracanã (ambas por 1 a 0), um empate contra o Bahia assegurou a conquista.

Já em 2007 foi o próprio Coxa quem manteve a escrita ao tropeçar no Marília, no Alto da Glória, na penúltima rodada, diante de 38.689 pagantes. Com um jogador a mais, o Alviverde foi derrotado (3 a 2) e viu o Ipatinga colar na classificação. Mas com uma virada contra o Santa Cruz (3 a 2), no Recife, na última rodada, le­­vantou pela primeira vez a Série B nacional. "Naquela oportunidade foram três rodadas para de­­finir o título, inclusive essa do Ma­­rília. A ansiedade atrapalhou", lembra o goleiro Édson Bastos.

Neste ano, ganhar do vice-líder Figueirense (2 a 1) não bastou, já que uma vitória do Bahia sobre a Portuguesa recolocou os nordestinos na disputa. "O pensamento é ser campeão o mais rápido possível. Não dá para fi­­car na dependência do último jogo. Se você olhar a tabela, o Guará está correndo risco de rebaixamento".

Mesmo que a tradição aponte chances de mais um caneco longe do Couto Pereira, ninguém no Coritiba espera moleza no Ceará. "Em 2007, mesmo com o Santa Cruz rebaixado, não queriam que a gente desse a volta olímpica no Arruda. E o mesmo serve para o Ica­­sa. Se eu estivesse do outro la­­do, jamais ia querer deixar ser campeão em cima de mim."

Para que a torcida coxa-branca mais uma vez veja seu time campeão à distância é preciso que a equipe vença. Um empate manterá o Bahia com chances – se este vencer o Santo André, em Salvador. Como a distância entre as equipes é de cinco pontos e o Bahia tem um saldo melhor, o Coxa precisa de dois pontos para assegurar a taça – do contrário, o Tricolor da Boa Terra será o campeão.

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