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Bastou que a vitoriosa seqüência do Atlético pós vice-campeonato da Libertadores acabasse, na semana passada, diante do São Caetano, para que velhos problemas voltassem a atormentar o Rubro-Negro, novamente próximo da zona de rebaixamento – terminou a rodada em 16.º lugar.

A zaga passou a ser a preocupação do técnico Antônio Lopes. Os defensores foram duramente criticados pelos nove gols sofridos nos últimos três jogos. Se na vitória sobre o Cruzeiro, por 5 a 4, o ataque conseguiu compensar a fragilidade da retaguarda, as derrotas consecutivas de virada para São Caetano (3 a 2) e Paysandu (2 a 1) evidenciaram os problemas do sistema defensivo vermelho-e-preto.

O Furacão já levou 32 gols no Brasileiro. É superado apenas por Vasco (46), Paysandu (41), Corinthians (38), Atlético-MG (34) e Figueirense (33). Das 20 partidas que o time fez até aqui no Nacional, o goleiro Diego só ficou invicto em três oportunidades – Tiago Cardoso jogou no Atletiba, quando o Atlético não foi vazado.

Como efeito de comparação, a equipe vice-campeã no ano passado chegou à mesma 20.ª rodada com a marca de 26 gols sofridos. Porém, foi justamente neste período que o time de Levir Culpi sofreu suas maiores goleadas: 6 a 0 para o Internacional e 4 a 1 diante do Criciúma.

"É claro que se a gente está levando muitos gols, alguma coisa está errada. Mas não cabe a mim criticar ninguém", afirma o zagueiro Danilo.

Como o beque prefere esconder as deficiências, coube ao comandante torná-las públicas. De acordo com o Delegado, a defesa atleticana tem pecado principalmente nos lances de bola parada. "Quando o time leva nove gols em três jogos, temos sim de nos preocupar. Precisamos tomar mais cuidados nos fortalecer defensivamente. Temos de ter atenção com as faltas laterais. Estamos errando muito nisso", explica Lopes, se referindo ao primeiro gol do Paysandu no sábado.

Líder do time e capitão na ausência do lateral-esquerdo Marcão, Diego se preocupa também com a síndrome do pijama que acompanha o clube. Até aqui, o Atlético só venceu o lanterna Atlético-MG (3 a 2) longe da Baixada. Nas demais partidas, dois empates (Flamengo e Palmeiras) e sete derrotas.

O aproveitamento só é melhor do que o do Paysandu. A equipe paraense somou apenas três pontos – nos empates com Figueirense, Brasiliense e Atlético-MG – fora de Belém. Perdeu as outras seis partidas que disputou como visitante.

"As coisas não deram certo para a gente, tanto na viagem a São Caetano quanto a Belém. Daqui pra frente nós só podemos pensar em vitória", diz o camisa 1.

Atleticanas

Na bronca – Expulso pela árbitra paulista Sílvia Regina na derrota para o Paysandu, o atacante Lima saiu revoltado de campo. "Ela não serve nem para apitar briga de galo", protestou o camisa 11.

Boa notícia – De acordo com a programação rubro-negra, o atacante Dagoberto, recuperado de uma lesão muscular na coxa direita, deve ficar no banco contra o São Paulo, sábado, na Arena.

Inusitado – No intervalo da partida contra o Paysandu, Antônio Lopes sacou o volante Marcus Winícius para a entrada do meia Cléverson. Porém, 17 minutos depois, o técnico teve de substituir Cléverson por Ticão. O motivo: assim como Evandro e Finazzi, o meia passou mal.

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