Lais Souza foi a última atleta a receber o benefício de R$ 4,7 mil por mês| Foto: Rafael Ribeiro/ CBF

Cercada de polêmica quando foi sancionada em junho de 2012, a lei 12.663, que prevê o pagamento de um auxílio mensal vitalício aos jogadores campeões do mundo nas Copas de 58,62 e 70 custa aos cofres públicos R$ 45.990,44 por mês. É o equivalente a um automóvel Ford Ka zero quilômetro modelo sedan, quatro portas.

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Hoje são beneficiadas 19 pessoas, sendo 12 ex-atletas e 7 pensionistas. Segundo a lei, o auxílio pode ser pago à esposa ou aos filhos menores de 21 anos do beneficiário falecido.

O auxílio mensal complementa a renda do ex-atleta até chegar ao valor máximo previsto no Regime Geral de Previdência Social, que é de R$ 4.663,75. Ou seja, jogadores como Pelé, Tostão e Carlos Alberto Torres, que têm fontes de renda que ultrapassam esse valor, não recebem o auxílio.

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Foi previsto também um prêmio no valor de R$ 100 mil para todos os jogadores campeões, titulares ou reservas. Tostão recusou o prêmio. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não informou quantos atletas receberam o prêmio e o valor total gasto.

Para se ter uma ideia da diferença dos valores praticados no futebol atual para o futebol daquela época – e por que tantos jogadores que seriam milionários no futebol moderno hoje estão passando por dificuldades financeiras –, Garrincha, um dos maiores craques de todos os tempos, já campeão mundial, pouco antes da Copa de 1962 ganhou um aumento no Botafogo. Seu salário passou para 120.000 cruzeiros. Valor que hoje equivaleria a cerca de R$ 8 mil. O atacante Anderson Aquino ganhava, no Coritiba, por volta de R$ 100 mil.

Além dos campeões mundiais, a atleta olímpica Lais Souza também foi beneficiada com o auxílio vitalício. Ela perdeu todos os movimentos do pescoço para baixo depois de sofrer um acidente no dia 27 de janeiro do ano passado, quando treinava no esqui aéreo para a Olimpíada de Inverno de Sochi, na Rússia,

Segundo o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) disse na época da votação do projeto de lei, Lais, por ser de uma família humilde do interior de São Paulo, não teria condições de arcar com as despesas decorrentes de suas novas necessidades.

Lais já foi medalha de ouro na Copa do Mundo de ginástica olímpica de Cottbus e Stuttgart, na Alemanha.

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