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São Paulo (AE) – Com um time renovado em 84% se comparado ao que disputou a Olimpíada de Atenas, no ano passado, o Brasil conquistou o título do Grand Prix feminino de vôlei, ontem, com uma difícil vitória contra a Itália, por 3 sets a 2 (25/20, 22/25, 25/21, 27/29 e 15/7), em Sendai, Japão. A atacante Paula Pequeno, de 23 anos, que também não foi a Atenas por causa de uma cirurgia no joelho, foi eleita a melhor jogadora do torneio da Ásia.

Foi o quinto título do Brasil no GP (94, 96, 98, 2004 e 2005). Na semana passada, a seleção masculina ganhou o pentacampeonato da Liga Mundial, o que consolida uma posição de destaque do vôlei do Brasil no cenário internacional.

Foi o oitavo torneio e o sexto título do grupo sob o comando do técnico José Roberto Guimarães, que assumiu em 2003. Venceu o Sul-Americano (2003) e a Montreux Volley Masters (2005), tem os bicampeonatos do Torneio de Courmayeur e do Grand Prix (2004 e 2005). O treinador ainda foi vice-campeão da Copa do Mundo (2003) e quarto colocado na Olimpíada (2004), resultado que não conseguiu engolir. "É lógico que estou muito contente, mas esse título é deste jovem grupo que foi formado, o terceiro delas no ano", afirmou Zé Roberto.

Apenas as meio-de-rede Valeskinha e Carol Gattaz e a ponta Sassá fizeram parte do grupo que foi campeão do Grand Prix no ano passado. Em relação ao time que foi à Olimpíada, o Brasil teve apenas Valeskinha e Sassá neste GP. Mari e Fabiana haviam sido convocadas, mas não disputaram o GP por causa de contusões. De resto, o time é novo e fez uma campanha baseado no conjunto, na hegemonia do grupo.

No lugar de Fernanda Venturini, Fofão, Erika, Virna, Elisângela, Arlene... o público agora tem Marcelle, Carol, Paula Pequeno, Sheila, Renatinha, Fabi...

"Essa equipe está crescendo muito, dentro e fora de quadra. A união é muito grande entre nós. Começamos a ganhar uma identidade e a ser mais reconhecidas e respeitadas. Desde o início dessa fase final do Grand Prix acreditávamos no grupo. Está aí o resultado, três títulos em três competições", afirma Valeskinha, a capitã do time.

O Brasil perdeu uma única partida das nove que jogou na fase de classificação do GP, entre os dias 24 de junho e 10 de julho, para a China. Na etapa decisiva, de 13 a 18, o Brasil voltou a perder para as chinesas apenas um dos cinco confrontos que disputou.

Ontem, Brasil e Itália se revezaram no marcador. O equilíbrio prevaleceu, assim como a irregularidade que marca a atuação da maioria das equipes femininas. As brasileiras venceram o primeiro e o terceiro sets, as italianas o segundo e quarto sets.

Mas no tie-break, o Brasil massacrou a Itália, abrindo 8 a 1 de vantagem para fechar em 15/7 com dois ataques de Paula Pequeno. A oposto Sheilla, 22 anos, marcou 31 pontos (27 de ataque e 4 de bloqueio) para o Brasil. Pela Itália, quem mais pontuou foi Centoni, com 29 acertos.

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