Atleticanas

Especulação

Por intermédio da assessoria de im­­prensa do Atlético, o diretor de futebol Ocimar Bolicenho negou a existência de propostas pelo meia Netinho. "Para nós não chegou nada", disse ele. O no­­me do jogador, substituto de Paulo Baier no meio de campo rubro-negro, estaria sendo relacionado a times do Oriente Médio.

Santo de casa

O Atlético aposta na sequência de jogos na capital – e em tropeços do rival Coritiba – para encostar na liderança do Estadual. Pela ordem, o clube enfrenta Cianorte (amanhã na Arena), Paraná (domingo, na Vila Capanema) e Engenheiro Beltrão (dia 18, na Arena).

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O sucesso de Ariel Nahuelpan no Coritiba ecoou na Baixada. O Atlético também recorreu à Argentina para tentar melhorar seu poder ofensivo. Javier Fabián Toledo, o Pepe, de 23 anos, desembarcou ontem na capital paranaense, passou por uma bateria de exames no CT do Caju. Con­­firmados os detalhes burocráticos, será apresentado hoje pela manhã, após o último treino antes da partida contra o Cianorte – amanhã, às 19h30, na Arena.

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Javier e Ariel têm bem mais em comum do que a nacionalidade. São parecidos no jeito de jogar. Típicos centroavantes, mais de força do que de técnica, fazem do oportunismo suas marcas registradas. "Por vezes parece grosso em seus movimentos, porém, é somente por causa de sua envergadura física (1,87 m e 89 kg). É um atacante muito potente, bom cabeceador e não é nenhum bobo com a bola. Além de todas essas qualidades, a que mais se destaca é o gol. É para isso que vive", destaca Martin Sueldo, editor do El blog Futebolero, especializado no dia a dia do futebol argentino.

O novo reforço rubro-negro, fã de Gabriel Batistuta, começou a jogar na categoria de base do Chacarita Juniores, um dos tantos clubes da grande Buenos Aires (cidade de General San Martín). Ganhou destaque no pequeno Sarmiento de Junin (2007), equipe da Terceira Divi­­são. Os gols renderam o convite para retornar a Chacarita. Prefe­­riu, no entanto, estrear na Liber­­tadores, defendendo o equatoriano Deportivo Cuenca.

Terminado o contrato, regressou à Argentina para viver seu melhor momento na carreira. "Toledo marcou 16 gols na B Na­­cional (Segunda Divisão), temporada 2008/09, ficando atrás somente de dois jogadores. Ganhou o maior destaque", ressalta Wagner Bordin, editor do site ArgentinoFC.com. "Nesta época chegou a ser comparado com José Sand, outro goleador argentino que deixou o país no último ano. Ele é alto, tem força física e grande presença de área, devido a sua altura. É canhoto, e, principalmente na área, tem gran­­de precisão no chute", emen­­da Bordin, fazendo referência ao ex-centroavante do Lanús, atualmente no Al Ain, dos Emi­­rados Árabes Unidos.

Javier Toledo também estava no mundo árabe, mas defendendo o Al-Ahli, da Arábia Saudita, novo time de Marcinho, um dos principais nomes do Atlético no ano passado. Foi observado in loco por Marcos Malucelli, presidente rubro-negro, responsável pela negociação. "Não é dos mais habilidosos com a bola nos pés, se assemelhando ao Washington, do São Paulo", diz Bordin, lembrando de outro artilheiro que fez história no Furacão.