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Agora parceiros, Paraná e Iguaçu fizeram jogo-treino na pré-temporada e terão um duelo na última rodada com potencial para causa polêmica. | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Agora parceiros, Paraná e Iguaçu fizeram jogo-treino na pré-temporada e terão um duelo na última rodada com potencial para causa polêmica.| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Aereb tem apoio na 2ª Divisão do PR

Engenheiro Beltrão e Roma são parceiros, mas o relacionamento não é oficial. Pelo menos nesses termos. Na prática, é inegável que ambos disputam praticamente juntos o Estadual 2009. A questão é matemática: 12 jogadores foram enviados pelo representante de Apucarana para o Aereb. É mais do que um time inteiro.

Os dois clubes se beneficiam da aproximação, mas não há um acordo formal para a união. "Não existe parceria. Só emprestamos para eles atletas que ficariam parados aqui. Outros clubes também se reforçaram com atletas nossos, não só o Engenheiro Beltrão", diz o presidente do Roma Apucarana, Sérgio Kaminski. Como disputa a Segunda Divisão, o Roma encontrou aí uma forma de manter o time inteiro com ritmo, além de economizar nos salários.

Quem espera pela consolidação de uma parceria com muita expectativa é o J. Malucelli. Nessa semana o Caçula saberá se passará a ser o Corinthians Paranaense. (SG)

O Campeonato Paranaense de 2009 começa mostrando uma nova tendência que mescla objetivos financeiros e pura necessidade: as parcerias interclubes. Três dessas relações já estão consolidadas, uma é extra-oficial e a outra está em fase de negociação. Considerando todas elas, daria quase para fazer, paralelamente, uma competição de "duplas". Paraná/ Iguaçu, Rio Branco/ Trieste, Toledo/ São Paulo, Engenheiro Beltrão/ Roma Apucarana e J. Malucelli/ Corinthians seriam os possíveis concorrentes.

Na maioria dos casos, um lado precisa de uma vitrine para expor atletas que não seriam utilizados em seus elencos principais; o outro encontra dificuldades para montar um grupo com qualidade pelo menos aceitável sem estourar por completo um orçamento limitado.

É o que ocorre com o acordo entre Paraná e Iguaçu. Rivais na elite do Estadual, os dois juntaram forças para aprimorar o time de União da Vitória. Nove jogadores que estouraram o limite de idade de juniores na Vila Capanema foram emprestados para o futuro adversário. A intenção do Tricolor é testar o rendimento dessas peças sem ter de pagar seus salários.

Para ficar com os reforços oriundos da capital, o Iguaçu se comprometeu a fornecer a estrutura logística e a abrir mão de sua parte na verba dos direitos de televisão para custear os vencimentos dos nove atletas paranistas. "Sozinhos não teríamos condições de manter o futebol profissional nas cifras atuais do mercado", garante o diretor de futebol do Pantera da Fronteira, Luílson Schwartz.

A parceria entre oponentes é vista como polêmica por muitos, principalmente depois que a tabela da primeira fase foi divulgada. Os "sócios" duelam na última rodada, quando muita coisa pode estar em jogo. Um convite para teorias conspiratórias que o presidente paranista Aurival Correia refuta com vigor.

"Não há nada antiético. Eles têm 25 jogadores no elenco e apenas 9 foram cedidos por nós. A decisão de quem joga ou não é totalmente deles", afirma.

O cenário é parecido com o da dupla Rio Branco-Trieste. A equipe parnanguara também decidiu apostar no fortalecimento das categorias de base, mas, enquanto não pode montar o grupo principal com pratas da casa, pretende se alimentar com frutos do clube amador de Curitiba. João Frumento, presidente do Leão da Estradinha, vê vantagens no novo modelo de formação de elenco.

"Não queremos mais mercenários, aventureiros que ficam aqui três meses e vão embora. Queremos montar times que durem pelo menos um ano, que os jogadores criem vínculo com o Rio Branco", explica.

Fechando a turma dos acordos confirmados está o Toledo e seu reforço paulista. Do atual tricampeão brasileiro São Paulo segue para a cidade do interior paranaense uma leva de 16 jogadores, além da comissão técnica. O Porco espera, com isso, montar um grupo forte para manter-se como a quarta força do estado, além de se tornar mais conhecido no país em função da ligação com o Tricolor do Morumbi. Sem contar a possibilidade de mandar jogadores formados por aqui para serem valorizados (e vendidos) vestindo o manto são-paulino. Caso algum atleta seja negociado em função de seu desempenho no Toledo, uma porcentagem da transação desemboca no caixa da equipe paranaense.

"Seremos um dos times a serem batidos neste Estadual. Todo mundo vai querer vencer o time do São Paulo", fala o presidente do Toledo Irno Picinini.

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