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Nem a torcida, a comissão técnica ou a diretoria do Paraná esperavam uma exibição tão perfeita no jogo que marcou a chegada do clube à final do Campeonato Paranaense depois de quatro anos. Os gols de Sandro e Leonardo (duas vezes) foram só conseqüência da atuação de gala nos 3 a 0 sobre o Rio Branco. Ao contrário do que ocorreu nas quartas-de-final diante do Iraty, o bom futebol evitou qualquer tipo de sufoco.

As cerca de 11 mil pessoas que foram ao Pinheirão viram o Tricolor controlar o adversário do começo ao fim. Sem permitir qualquer tipo de perigo à sua meta, a melhor defesa do torneio (15 gols sofridos em 18 jogos) seguiu sendo importantíssima na série invicta que já chega a dez jogos.

O resultado faz o Paraná agora somar 36 pontos na competição (contra 32 da Adap, a rival na finalíssima). O retrospecto dá ao representante da capital o direito de decidir o título em casa e também muda o rumo da história recente – depois de três torneios só tentando não cair no Estadual, agora joga com pinta de campeão.

Como quem não pulava e gritava de alegria há muito tempo, os paranistas deixaram o estádio em estado de êxtase, e gritaram " É Campeão".

"Tivemos uma exibição perfeita, mas ainda temos a final pela frente. Conhecemos a Adap, jogamos com eles duas vezes e sabemos", disse o capitão Beto, lembrando dos sofridos triunfos por 3 a 1, tanto em Campo Mourão, como em Curitiba, durante a primeira fase.

Mesmo o time beirando a perfeição, o técnico Luiz Carlos Barbieri viu motivos para cobrar. As chances perdidas nos contra-ataques eram o algo a mais que o treinador, um eterno insatisfeito, reclamou. Apesar da cobrança do chefe, nem mesmo a ineficácia em algumas conclusões e a defesa do goleiro Vílson em pênalti cobrado por Maicosuel foram capazes de apagar a imensa superioridade sobre o Leão da Estradinha.

Por causa do resultado final, dois erros do árbitro Héber Roberto Lopes passaram despercebidos. Aos 16 minutos, Fábio Garcia derrubou Beto na área e o juiz não marcou nada. Pouco depois (21’), Vílson deixou sua meta e fez falta em Maicosuel num lance claro de expulsão, mas só recebeu amarelo.

A fúria de alguns torcedores já começava a se manifestar quando Sandro marcou de falta, aos 22. Pouco antes do intervalo, uma jogada genial. Ajudando a defesa, o centroavante Leonardo tirou uma bola em cima da linha de gol e no contragolpe, apareceu para fazer 2 a 0 (42’).

No segundo tempo, Maicosuel perdeu um pênalti. Tristeza apagada aos 43 minutos, quando Leonardo, apanhando um rebote de Vílson após uma bicicleta de Beto, marcou o terceiro gol.

Em Curitiba

Paraná 3Flávio; Neguette (João Vítor), Émerson e João Paulo; Goiano (Marcelinho), Mussamba (Elton), Beto, Sandro, Maicosuel e Edinho; Leonardo.Técnico: Luiz Carlos Barbieri.

Rio Branco 0Vilson; Baiano, Fábio Garcia, Rodrigo e Cleomir; Gian, Doriva, Dudu (Fernando, depois Rafael) e Ratinho; Clênio (Negreiros) e Neizinho.Técnico: Itamar Bernardes.

Árbitro: Heber Roberto Lopes.Gols: Sandro (P), aos 23’ e Leonardo (P), aos 42’ do 1.º tempo e aos 37’ do 2.º.Amarelos: Émerson (P), Vílson, Baiano, Fábio Garcia, Cleomir e Gian (R).Vermelhos: Gian (R).Renda: R$ 110.710,00.Público: 10. 766 (11.735 total).

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