Algumas atuações têm a capacidade de validar o novo momento de um time, independentemente do resultado. A derrota do Coritiba para o Fluminense, ontem, no Engenhão, tem esse caráter.
Quando todos esperavam me incluo nesse balaio um Coxa fechado, disposto a se agarrar a qualquer migalha deixada pelo Flu, Marquinhos Santos tratou de pôr o seu time para encarar o líder do campeonato de igual para igual. O Coritiba buscou o jogo, marcou no campo de adversário, tentou vencer e, naturalmente, se expôs.
Perdeu porque individualmente o Fluminense é melhor. Os gols combinaram o talento de Wellington Nem com falhas alviverdes Escudero no primeiro gol, Dênis no segundo e Vanderlei em ambos. Aliás, mais um indicativo de que o Coritiba precisa qualificar ainda mais o elenco para, puxado por Alex e Deivid, ter um bom 2013.
No fim do jogo ainda houve espaço para um desentendimento causado pela carretilha de Wellington Nem em Luccas Claro. O atacante tricolor foi acusado de menosprezar o Coritiba. Bobagem. A tentativa do drible foi melhor para o Coritiba, pois lhe devolveu a posse de bola. E em última análise, se um time não quer sofrer com dribles ousados do rival no fim do jogo, basta vencer a partida. Ontem, o Coritiba jogou o suficiente para merecer essa vitória.
Apito quebrado
Dia desses, alguém escreveu que a arbitragem do Brasileirão deste ano é a pior dos últimos tempos. Discordo. Os erros de agora não diferem dos quem vêm sendo cometidos há cinco, dez anos. A diferença é o período do campeonato. A menos de dez rodadas do fim, qualquer erro acaba sendo mais decisivo e, assim, passa a impressão de que o cenário atual é pior. Ano passado, a essa mesma altura do campeonato, a gritaria era a mesma. E assim foi na temporada anterior, e na anterior, e na anterior...
Isso não torna o problema menos grave. Se está nesse nível há dez anos, é sinal de que toda uma geração de árbitros parou, outra leva despontou no quadro nacional e nenhuma melhora relevante aconteceu. A arbitragem é a área do futebol que menos evoluiu. Continua sendo um bico para quem atual nela e uma desculpa pronta para quem atua no futebol.
Começa nos técnicos, jogadores e cartolas, que sempre têm na ponta da língua um pauzinho no "professor" para justificar tropeços que, muitas vezes, são culpa exclusiva das equipes. Chega até a Fifa, com a velha conversa de que o erro faz parte do futebol. Uma desculpa "romântica" que serve para encobrir de tudo, de erros meramente humanos a atitudes a serviço de esquemas de manipulação de resultado.
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