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Londrina - A situação é mesmo desanimadora. Depois do Londrina provar em campo que não tem condições de ficar na elite do futebol paranaense, a diretoria do clube demonstrou ontem que pode mesmo ser responsabilizada direta e unicamente pelos tropeços que o time teve no Estadual, proibindo jogadores e comissão técnica de falar com a imprensa e de gravar entrevistas com rádio e televisão.

Em uma carta enviada aos meios de comunicação, a assessoria do clube, lanterna do Paranaense, repassou as ordens do presidente Peter Silva, não permitindo declarações até amanhã, voltando a falar somente na sexta-feira. No dia 25, o Tubarão se despede do torneio contra o Coritiba – precisa vencer e contar com uma difícil combinação de resultados para não cair à segunda divisão.

Segundo a nota, o clube tem noção da importância da imprensa, mas se contradiz no texto: "temos ciência da importância dos meios de comunicação de Londrina e região, não só para a cidade, mas para todo o mundo, uma vez que graças aos profissionais que cobrem o dia-a-dia do clube, torcedores alvicelestes de todas as partes do globo podem acompanhar o que acontece no seu time do coração." Depois, o texto da nota pede desculpa pela implantação da "Lei da Mordaça" no clube. "Pedimos desculpas pelo inconveniente e contamos com a costumeira compreensão neste momento tão delicado."

Sem poder conversar abertamente, o técnico Itamar Bernardes disse (em conversa informal): "A diretoria pede, a gente que é funcionário, tem que cumprir", demonstrando-se contrário à determinação da diretoria. Em seguida, o presidente Peter Silva apareceu para conversar com o treinador do LEC.

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