"O talento individual do Pet fez a diferença". A constatação do técnico Ney Franco sintetiza com precisão o que foi a partida entre Flamengo e Coritiba, ontem, no Maracanã. Triunfo rubro-negro por 3 a 0. Resultado com a marca do meio-campista sérvio, autor do primeiro gol, de falta, e de passes precisos que resultaram nos gols de Adriano e Willians.
O placar dilatado, porém, pode enganar. O time carioca não foi assim tão superior ao Coxa. Especialmente nos primeiros 20 minutos de bola rolando, período em que o Alviverde deu as cartas chegou a acertar uma bola na trave, em chute do argentino Ariel. Melhor organizado em campo, o Coritiba trocava passes com desenvoltura. O gol parecia questão de tempo.
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As chaves do jogo
Na trave
A primeira boa oportunidade do jogo foi do Coritiba: Pedro Ken chutou de fora, Bruno rebateu e, na volta, Ariel acertou a trave. Se a pontaria fosse melhor poderia ter mudado a história do jogo.
Falta?
O primeiro gol do Flamengo surgiu em uma falta muito questionada pelo Coritiba. Tanto Ariel como Éverton levantaram o pé. O árbitro deu falta do alviverde que Pet (foto) bateu com perfeição.
Mudança
Quando Andrade colocou Willians no lugar de Fierro, melhorou a marcação do Flamengo e selou a vitória do Rubro-Negro. Foi do jogador o terceiro gol do Fla.Mas aí, o mesmo Ariel que quase se consagrou, cometeu uma falta desnecessária no ex-paranista Éverton na entrada da área. Foi com os pés, mas a bola de Petkovic pareceu ter sido lançada com a mão. Pobre Édson Bastos, que nada pôde fazer. Restou a reclamação. "Não foi falta. Só que agora não adianta", resumiu Franco, após o confronto.
Ali o Coritiba se desestabilizou, esquecendo tudo de bom que já tinha produzido na partida. Culpa, em parte, de seu principal jogador. Marcelinho Paraíba errou muito. Estava desligado. O "baixo astral" do capitão contaminou o restante do time, que em nenhum momento se atentou para o fato de que o camisa 43 flamenguista, aos 37 anos, não poderia ficar solto, sem marcação. Livre, Petkovic achou Adriano o Imperador encobriu Bastos. E ajudou Willians a fechar a contagem, em uma noite em que o único saldo positivo para os coxas-brancas é a certeza de que mais um bom zagueiro está nascendo no Alto Glória: Dirceu, um ex-volante que, aos poucos, vem se tornando imprescindível à defesa alviverde.
De resto, a resignação de Ney Franco: "A qualidade do Pet foi o ponto de desequilíbrio".
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