Atleticanas
Afastados
Desde a segunda-feira, Zé Antônio, Netinho, Antônio Carlos, Alberto e Rafael Moura trabalham todas as manhãs sob o comando do preparador físico Jean Lourenço. Fora dos planos, nenhum dos cinco acertou transferência por enquanto. Zé Antônio está na mira do Sport, mas como está emprestado ao Atlético pelo BK Hacken, da Suécia, sua saída é mais complicada.
Joga ou não?
Ontem, pelo segundo dia seguido, o volante Rafael Miranda ficou fora do treino com bola no CT do Caju. O jogador sente dores na coxa direita, mas espera trabalhar normalmente a partir de hoje. Caso seja vetado, Renan será o substituto para enfrentar o Barueri, no domingo.
Leia trechos da entrevista:
Intervenção estatal
"Eu acho certo (patrocínio estatal). Não podemos deixar o Vasco quebrar. Não se cria um Vasco da noite para o dia. Mas esse dinheiro de estatais é a eterna solução paliativa. O estado tem de intervir e obrigar que os clubes se organizem."
Volta ao Atlético
"Eu já não me lembrava mais como não era ser dirigente, depois de 14 anos no comando do Atlético. É muito bom não ser dirigente. O que eu tinha que contribuir já contribuí. Já está aí o legado, nos 14 anos de trabalho. Já fiz a minha parte."
Arena Atletiba
"Eles vendem o Couto Pereira, pegam esse dinheiro e a gente termina a Arena. Quando um joga fora, o outro joga dentro; um joga sábado, o outro domingo. 70 datas por ano para viabilizar o estádio."
Mercado do futebol
"Você tem que vender o espetáculo e não seus palhaços. Somos obrigados a vender o nosso artista, porque a venda do espetáculo não está organizada ainda no Brasil. As receitas são insuficientes para os custos de mercado. Os que sobrevivem é porque venderam seus palhaços."
Preço de ingresso
"É um espetáculo para o povão, mas não muda. Como é que você vai dar esse espetáculo ao vivo para a população como um todo? Não dará nunca. Eu fui ver os três tenores nas Termas de Caracala, em 1990, o preço era absurdo. O povo não pode pagar, mas vê no pay-per-view. Não é por isso que não vai ver na televisão."
Um estádio comum para Atlético e Coritiba, no Joaquim Américo, chamado Arena Atletiba. Foi com essa polêmica proposta que Mário Celso Petraglia, homem-forte rubro-negro entre 1995 e 2008, rompeu um silêncio de oito meses sem conceder entrevista, iniciado após a eleição de dezembro do ano passado, em que fez Marcos Malucelli seu sucessor na Baixada.
"Eles vendem o Couto Pereira, pegam esse dinheiro e a gente termina a Arena. Aí o estádio fica exclusivamente privado. Quando um joga fora, o outro joga dentro; quando um joga sábado, o outro joga domingo. Teremos 70 datas por ano para viabilizar", afirmou Petraglia à edição de agosto da revista Ideias, que chega às bancas amanhã.
O ex-dirigente deu uma entrevista de seis páginas à publicação curitibana sobre política, economia e cultura na semana passada. Ontem, a íntegra do material vazou em duas páginas de torcedores atleticanos na internet: Blog Furacão e o Blog da Baixada.
Ao ser questionado se a proposta de um estádio comum não poderia esbarrar na rivalidade entre os clubes, Petraglia recomendou que a necessidade de desenvolver o futebol local seja colocada em primeiro lugar.
"Precisamos jogar fora a pobreza da aldeia e deixar de lado a emoção e a paixão, o fanatismo e a inveja. É preciso trabalhar o futebol, neste momento, como negócio, até para depois aumentarmos tanto o faturamento quanto à paixão", afirmou.
Na entrevista à Ideias, Petraglia disse que, atualmente, o futebol paranaense tem papel periférico no cenário nacional. Quadro que só poderá ser alterado com um profundo projeto de desenvolvimento dos clubes paranaenses.
"Se eliminarmos os campeonatos estaduais, fizermos uma grande campanha do paranismo para que os filhos desse estado torçam para clubes daqui, eliminarmos absurdos como esse do Corinthians Paranaense, que é a entrega do nosso mercado para marcas paulistas, e unirmos as forças maiores do estado, teremos melhores condições de buscar esse crescimento e desenvolvimento", sugeriu.
Afastado do Atlético desde o começo do ano, quando rompeu com Malucelli, Petraglia demonstrou concordar com o presidente rubro-negro sobre os investimentos na Arena para a Copa. Segundo o ex-dirigente, o clube não pode se endividar para atender a uma demanda de apenas um mês.
"Quem é o beneficiado deste espetáculo? É o estado, é a cidade, não é o clube. Por que o Atlético não precisa de uma Ferrari para depois da Copa disputar o campeonato estadual. O Atlético já decidiu: não põe um tostão para a satisfação das exigências da Fifa. Para quê? Não tem nem razão, nem motivo", afirmou o dirigente, que garante não ter planos de voltar à diretoria atleticana. "Já fiz minha parte", diz.
A argumentação, porém, não convence Malucelli. "Me dizem que ele segue fazendo movimentação entre os nossos conselheiros. Não sei o que pretende", revelou.
Sobre a Arena Atletiba, o presidente atleticano foi breve. "Não me parece algo exequível no momento", resumiu. Linha similar adotada pelo presidente coxa-branca Jair Cirino: "Não tenho opinião formada sobre o assunto."
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Interatividade
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