Copa São Paulo
Furacãozinho encara o Olé Brasil
A equipe sub-18 do Atlético entra em campo hoje buscando uma vaga nas quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Depois de vencer o Cruzeiro nos pênaltis (6 a 5, após empate sem gols no tempo normal), o Furacão enfrenta o Olé Brasil-SP, que bateu o Uberlândia-MG (2 a 1) na fase anterior. A partida será às 18h30, no Estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto. A classificação diante da Raposa deu moral ao elenco, que já fala em chegar à final. "Temos de pensar em título. Não tenho dúvidas de que podemos chegar lá", disse, ao site oficial do clube, o lateral-direito Jean. Contra o Rubro-Negro pesa o fato de que não vence há duas partidas. O adversário vem de dois triunfos. Quem vencer, pega o vencedor de Palmeiras x Paulista. (GR)
Ex-pupilo de Carrasco na mira do Furacão
A imprensa chilena cravou ontem que o meia uruguaio Martín Ligüera está a caminho do Atlético. O ex-jogador da Unión Española-CHI é um velho conhecido do técnico Juan Ramón Carrasco, por quem foi comandado na seleção uruguaia e no Fénix-URU.
O atleta, de 31 anos, seria o que "melhor entende o sistema de jogo [de Carrasco]", como descreveu o site esportivo Ovación, do Uruguai, usando palavras do próprio treinador. O Rubro-Negro não confirmou a contratação.
O meia tem uma trajetória longa no futebol sul-americano e breves passagens pela Europa. Começou no Nacional e passou pelo Cerro, Defensor Sporting e Fénix, todos do Uruguai. Partiu para o Mallorca-ESP e Grasshoppers-SUI no Velho Continente. Retornou ao Nacional e se transferiu para o San Luis-MEX, Alianza Lima-PER, Olimpia-PAR e Unión Española-CHI. Neste último, está desde 2010.
Ligüera, inclusive, já conhece Curitiba. Ele esteve em campo no jogo das Eliminatórias de 2006 entre Brasil e Uruguai, no Pinheirão, com Carrasco no banco de reservas. A partida terminou em 3 a 3.
De saída
Enquanto Ligüera não chega, a porta de saída do CT do Caju está aberta. Dez jogadores não fazem parte dos planos de Carrasco e já estão em outros clubes ou sendo negociados. O lateral-direito Raul foi para o Botafogo-SP e o meia Gabriel Pimba fechou com o Ventforet Kofu-JAP. Interessam a outros times o volante Fransérgio (Internacional), o zagueiro Rafael Santos (Guarani), o lateral-esquerdo Paulinho (Atlético-GO) e o atacante Dinei (Vitória). Ainda sem destino estão os atacantes Patrick e Pedro Oldoni, o volante Vitor e o zagueiro Bruno Furlan. (GR)
2ª rodada
Os três times que jogam a segunda rodada do Paranaense em casa tinham até ontem para enviar todos os laudos para a liberação dos respectivos estádios. Cumpriram com o prazo o Rio Branco e o Operário, que entregaram toda a documentação à Federação Paranaense de Futebol (FPF). A exceção foi o Iraty, que não entregou o laudo de segurança e terá o estádio vetado. As praças de Paranaguá e Ponta Grossa ainda não estão liberadas e aguardam análise da FPF, que será realizada hoje e amanhã.
O constrangimento que o presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, tentou evitar ao não procurar a diretoria do rival Coritiba para negociar a cessão do Couto Pereira, acabou enfrentando ontem. Após o dirigente rubro-negro afirmar pelo Twitter que a Vila Capanema não teria condições de receber os jogos do Furacão, ele foi obrigado a voltar atrás e recorreu à cúpula do Paraná para negociar a utilização do estádio do Tricolor.
Por volta do meio-dia desta segunda-feira, o mandatário atleticano ligou para o presidente paranista, Rubens Bohlen, e agendou para o fim da tarde uma "visita de cortesia" à sede social do clube. O encontro não teve nada de cortesia. Em apenas 20 minutos, Petraglia foi direto e apresentou a proposta financeira para que o Furacão mandasse seus jogos no Durival Britto. Saiu sem resposta.
Os dirigentes paranistas endureceram o jogo e deixaram para hoje o veredicto final. O superintendente-geral do Tricolor, Celso Bittencourt, não divulgou os detalhes da conversa. Entretanto, segundo apurou a Gazeta do Povo, o valor oferecido pelo Rubro-Negro foi de R$ 100 mil por jogo bem acima dos R$ 30 mil fixados pela Federação Paranaense de Futebol (FPF) para a utilização do estádio coxa-branca.
A situação deixou o Atlético refém do Paraná. No site oficial, o Tricolor anunciou que o "Atlético/PR foi atrás dos dirigentes paranistas para buscar uma saída para a falta de estádio".
Se o acordo for selado, alguns entraves devem trazer dor de cabeça ao Furacão. Por falta de equipamentos de segurança, a capacidade da Vila Capanema está reduzida a 9.999 torcedores número bem abaixo dos cerca de 18 mil sócios atleticanos. Para dispor dos 17.280 lugares disponíveis na casa paranista será necessária a instalação de sete novas câmeras de vigilância, a um valor estimado de R$ 100 mil. Custo do qual a diretoria do Tricolor não abre mão de arcar inclusive prevendo diluir esse montante na cobrança do aluguel para evitar dever favores a terceiros.
Para a Vila estar apta a receber jogos, o Paraná precisa obter o laudo sanitário, que deve ser emitido ainda nesta semana, e instalar, a pedido da PM, uma vedação entre os alambrados da torcida visitante para evitar contato visual dos torcedores dos dois times.
Se o Atlético quiser utilizar o estádio já na primeira rodada, no domingo, contra o Londrina, vai ter de se contentar mesmo com o espaço para os 9.999 torcedores o Tricolor afirmou que demoraria pelo menos dez dias para instalar as câmeras. "Esta é a realidade da Vila Capanema. O Paraná vai avaliar a situação e vai do Atlético aceitar ou não", resumiu Celso Bittencourt.
Sem contar que vai precisar da boa vontade da FPF. Isso porque o prazo limite para liberar os estádios da rodada inicial foi na quarta-feira passada. A entidade demonstrou estar disposta a ajudar o Rubro-Negro.
A alternativa da Vila Capanema serviria ao Atlético apenas para o Paranaense. Na Série B, o Rubro-Negro ainda espera adotar o Couto Pereira como lar provisório. O Regulamento Geral das Competições da CBF, inclusive, dá poder à entidade de requisitar o empréstimo dos estádios para seus torneios.
Para o Estadual, ainda há uma pequena chance de o Alto da Glória abrigar o Furacão. A Federação Paranaense tem até amanhã para protocolar no TJD-PR um pedido para caçar a liminar do Alviverde, que permite ao clube não ceder à pressão da FPF e dividir seu estádio com o rival. O departamento jurídico da gestora do futebol local já está trabalhando no recurso e espera entregá-lo até hoje.
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