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 | Mauro Campos
| Foto: Mauro Campos

Melbourne – O norte-americano Michael Phelps entrou para história do Mundial de Esportes Aquáticos ao garantir, ontem, em Melbourne (Austrália), sua sétima medalha de ouro. O nadador, de 21 anos, é o único a conseguir o feito. No sábado, ele já havia igualado a marca do australiano Ian Thorpe, que levou seis ouros em Fukuoka, no Japão, em 2001. A façanha credencia o americano a igualar, nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, a marca do compatriota Mark Spitz, ganhador de sete medalhas douradas na Olimpíada de Munique, em 1972.

A mais nova vitória de Phelps aconteceu nos 400 m medley, quando ele bateu a raia em primeiro ao registrar o tempo de 4min06s22, novo recorde mundial. Ele baixou em mais de dois segundos a marca que pertencia a ele mesmo, quando cravou 4min08s41 nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.

Ao sair do piscina, o norte-americano surpreendeu ao dizer que não se sentia disposto para competir. "Não me senti nada bem esta manhã, não dormi muito bem. Não estava bem antes da prova e tampouco estava pronto antes de saltar", comentou Phelps. "Completei a prova por causa da adrenalina", acrescentou. Ele foi seguido pelo seu compatriota Ryal Lochte (4min09s74), que ficou com a prata, e pelo italiano Luca Marin (4min09s88), em terceiro.

Vencedor de seis medalhas de ouro e duas de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, Phelps tinha como grande meta no Mundial conquistar oito ouros em todas as provas que iria disputar. Porém, graças a um erro de um colega de equipe, ele não conseguiu o feito porque os Estados Unidos acabaram ficando de fora da final do revezamento 4x100 m medley. Nas eliminatórias, Ian Crocker, o terceiro a entrar na água pelo time norte-americano, queimou a largada e acabou desclassificando o país.

Spitz felicitou Phelps pela marca atingida. Ele avaliou, porém, que o nadador terá dificuldades de bater a marca alcançada em 1972. O recordista de ouros em Olimpíadas lembrou que nesta competição há "mais pressão" que em Mundiais.

Defesa

Ontem, o ex-nadador Ian Thorpe afirmou sempre ter cumprido as normas antidoping. As declarações foram para rebater um suposto uso de substâncias proibidas. A Federação Internacional de Natação (Fina) solicitou ao Tribunal de Arbitragem do Esporte (TAD) que investigue um caso de "níveis anormais" de duas substâncias proibidas encontradas em um nadador durante um teste realizado em maio do ano passado. Na sexta-feira, o jornal francês L’Equipe informou que o nadador em questão é Ian Thorpe, que se aposentou oficialmente em novembro de 2006.

"Estou muito alarmado com o fato de que o resultado do meu teste foi vazado para a imprensa antes de eu ser informado." Segundo ele, sua reputação está permanentemente manchada pelo vazamento.

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