Piloto francês é a 20.º vítima do Rally Dakar

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Buenos Aires - A quinta jornada do Rally Dakar em sua edição sul-americana foi manchada ontem pelo anúncio da descoberta do corpo – sem vida – do motociclista francês Pascal Terry, de 49 anos. Terry, que competia com uma Yamaha 450 WRF, identificada com o número 192, havia desaparecido no domingo à tarde, no segundo dia da competição, enquanto fazia o percurso entre a cidade de Santa Rosa, capital da província de La Pampa, e Puerto Madryn, em Chubut.

Foi a primeira vítima do Dakar 2009, que pela primeira vez em seus 30 anos está sendo realizado fora da África, depois de ser cancelado no ano passado por falta de segurança. Os organizadores do rali e a polícia procuravam o piloto desde o domingo no fim da tarde, mas o corpo de Terry somente foi localizado na madrugada desta quarta-feira, em uma área rural, na altura do quilômetro 197 da estrada que liga Santa Rosa a Puerto Madryn.

O corpo estava a 300 metros da estrada. A moto estava a 15 metros de distância de Terry. O piloto de motocross – que desde os 20 anos competia e pela primeira vez participava do rali – jazia sob uma árvore no meio de uma vegetação densa e de difícil acesso, segundo os organizadores. "Sonho com o Dakar desde que ele foi criado em 1979", havia declarado Terry à imprensa em Buenos Aires, antes da largada.

A causa da misteriosa morte de Terry ainda não havia sido determinada pela polícia. As primeiras especulações indicavam que o piloto poderia ter desmaiado e caído da moto. Mas surgiram dúvidas na sequência, já que a polícia, além de encontrá-lo sem o capacete, achou comida e água ao lado de seu corpo. Outras especulações indicam que ele poderia ter morrido por problemas cardíacos. Nascido na Normandia, noroeste da França, ele se transformou no 20º competidor morto desde que o Rally Dakar foi criado, há 30 anos.

Das mortes ocorridas nestas três décadas, 13 foram de motociclistas. Além delas, entre 1979 e 2007 acumulam-se outras 34 mortes, relativas a espectadores (várias crianças africanas atropeladas pelos veículos na África), médicos, técnicos e jornalistas que faleceram em acidentes no meio do rali. O próprio criador da prova, o francês Thierry Sabine, morreu em 1986, quando acompanhava a competição em um helicóptero que se espatifou no chão.

Na etapa de ontem, os vencedores entre os carros foram Giniel de Villiers e Dirk von Zitzewitz. O carro do espanhol Carlos Sainz teve vários problemas e acabou em nono lugar. A liderança, então, foi para as mãos de Nasser Al-Attiyah, do Catar, que cruzou a linha em quarto lugar.