O mal-estar entre os pilotos da Red Bull nessa temporada da Fórmula 1 tem chamado a atenção até das equipes concorrentes. No último GP, em Silverstone, o australiano Mark Webber reclamou por ser considerado o segundo piloto da equipe, após vencer a prova. No GP da Inglaterra, a equipe optou por retirar o aerofólio dianteiro do carro de Webber para instalá-lo no carro do companheiro, o alemão Sebastian Vettel, que havia danificado o seu durante os treinos. Apesar do equipamento e de ter feito a pole, Vettel ficou em sétimo na prova. Detentora de nove das dez pole positions da temporada, a Red Bull está em segundo na disputa do título das equipes e seus pilotos ocupam a terceira (Webber) e quarta colocação (Vettel).

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Vice-líder da temporada e atual campeão da Fórmula 1, o inglês Jason Button, da McLaren, elogiou a postura de Webber. "Independente da diferença que a asa possa ter feito, é difícil para um piloto saber que não tem as mesmas condições do companheiro", disse. Se os de­­sen­­ten­­dimentos continuarem na Red Bull, acredita Button, a McLaren continuará se beneficiando. "Eles vão estar ocupados discutindo o que devem fazer agora, enquanto nós temos um bom relacionamento aqui."

Lewis Hamilton, também da McLaren e líder do campeonato, também se solidarizou a Web­­ber. "Imagine como ele se sente. Não queria que fosse eu... Se estivesse no lugar dele, nossa... Falei com ele antes e ele disse para não se preocupar, que ele iria pisar fundo. Ele está fazendo o seu trabalho, e respondeu na pista. É o que eu faria. Mas não é legal", disse Ha­­milton.

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A crítica mais pesada veio do diretor-executivo da Mercedes, Nick Fry. Talvez até dando um recado aos seus próprios pilotos, já que admitiu ter enfrentado problema semelhante, mas de menor gravidade na sua escuderia, Fry disse que desentendimentos como esse só prejudicam a briga pelo título. "Se os loucos começarem a mandar no hospício, você terá grandes problemas", disse o dirigente da Mercedes.