As paredes de corredor entre o vestiário e o gramado da Vila Capanema ganharam uma nova decoração. Pressionado pela proximidade da zona de rebaixamento, o Paraná decidiu traçar uma meta ambiciosa para os quatro jogos que restam antes da Copa do Mundo, resumida em cartazes espalhados no caminho para o campo. "Temos quatro decisões pela frente. Meta: 12 pontos."
As quatro decisões são os jogos contra Figueirense (amanhã) e Santa Cruz (1.º/6), no Pinheirão; Ponte Preta (27/5) e Goiás (4/6), fora de casa.
A confiança na arrancada está no reencontro do time com a sua casa. Após o exílio de três partidas seguidas fora de Curitiba (empate por 1 a 1 com o Fortaleza e derrotas por 2 a 1 para Fluminense e Corinthians ambas por 2 a 1), o Tricolor volta a atuar no estádio que ele tem transformado em uma arma infalível.
Em 2006, o Tricolor atuou 11 vezes no estádio da Federação. O aproveitamento é animador: 69%, com seis vitórias, cinco empates e nenhuma derrota sendo dois jogos pelo Nacional e nove pelo Estadual.
"A volta ao Pinheirão é ótima. Jogando em casa temos de nos impor, mesmo o Figueirense sendo um adversário difícil", reconhece o técnico Caio Júnior.
O otimismo aumenta levando-se em conta o histórico do treinador. Em 2002, na primeira passagem de Caio como técnico do Paraná, o histórico no estádio do bairro Tarumã foi muito bom.
"Em cinco jogos em casa naquele ano vencemos quatro e empatamos um. Os resultados foram fundamentais para fugirmos do rebaixamento", lembra.
O capitão Beto, que volta amanhã depois de se recuperar de uma lesão muscular na coxa esquerda, se empolga ao lembrar que o Tricolor não perde em Curitiba desde 20 de novembro (derrota por 1 a 0 para o Flamengo), mas acha que a vitória não virá só pelo retrospecto.
"Precisamos do resultado e em casa é melhor para conseguirmos. Mas não podemos apenas confiar no aproveitamento. Temos que jogar", adverte.
Fora da zona de rebaixamento graças aos resultados paralelos (derrota do Botafogo para o Juventude e empate do Grêmio com a Ponte Preta) a equipe da Vila Capanema (16.ª classificada, com cinco pontos) espera, a partir de amanhã, voltar a depender das próprias pernas.
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