Ainda é cedo para o torcedor coxa-branca pensar em mudar de casa. Embora a negociação de compra do Pinheirão esteja perto de um desfecho, deixar o Alto da Glória rumo ao Tarumã depende de alguns acertos em andamento. Algo que deve acontecer na próxima semana ou, no máximo, até o segundo leilão do terreno, marcado para o dia 20.

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"Não tem nada fechado. En­­quanto não for oficializado por mim, pelo Vilson [Ribeiro de An­­drade, vice-presidente do Coritiba] ou por uma construtora, continua em aberto", declarou Hélio Cury, presidente da Federação Para­­naense de Futebol (FPF).

A transação não foi encerrada porque existem pequenas indefinições sobre os compradores. Tan­­to sobre qual grupo vai empregar em torno de R$ 85 milhões para levar o Pinheirão, quanto qual é a melhor proposta para o Coxa.

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Além da empreiteira OAS, outros três grupos enviaram propostas – a CR Almeida entre eles. Cada qual com investidores e modelagens diferentes. Está na jogada dinheiro de Portugal, Espanha e Estados Unidos.

No momento, o que há de mais concreto é uma carta de intenções, na qual a OAS revela o plano de adquirir o imóvel e utilizá-lo para erguer a nova morada alviverde, com capacidade para 45 mil pessoas e ao custo de R$ 440 milhões.

Este documento motivou as declarações do deputado estadual Reinhold Stephanes Junior (PMDB), de que a compra estaria sacramentada. Possibilidade que vem sendo tratada pela Gazeta do Povo desde julho.

A carta de intenções foi anexada à petição protocolada pela Fe­­deração na 1.ª Vara Federal de Execuções Fiscais de Curitiba, pouco antes da venda pública realizada na última quinta-feira. Ação de última hora visando suspender o compromisso e ganhar mais tempo para negociar. No entanto, o pedido foi indeferido pela juíza substituta Alessandra Anginski.

O nome da OAS também tem servido como trunfo na discussão com o INSS, principal credor do Pinheirão (R$ 40 milhões). Os dois leilões agendados para este mês foram provocados pelo instituto, que demonstra pressa em re­­ceber.

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A construtora baiana está mesmo disposta e próxima de arrematar o terreno de 124 mil m², oferecido no leilão da quinta-feira por R$ 66 milhões. Mas é certo que a FPF terá de esperar um pouco mais para se desfazer do imóvel, e assim se livrar dos cerca de R$ 60 milhões contraídos em dívidas.

Por trás de todo o processo, ainda há a preocupação de Vilson Ri­­beiro de Andrade de que a decisão final caiba ao Conselho Deli­­berativo coxa-branca. O órgão tem de ser consultado, obrigatoriamente, para situações envolvendo o patrimônio da instituição.

O Coritiba, por ora, não se comprometeu com nada. Quer embarcar na empreitada, mas aguarda a definição do projeto. Até mesmo o que o clube oferecerá em troca de pode sofrer alterações. Em princípio, o Couto Pe­­rei­­ra seria utilizado como moeda de troca.