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Hamamatsu, Japão – A seleção masculina se despediu de sua pior participação da história do Mundial de basquete como a iniciou: com derrota. A quarta em cinco jogos. O Brasil caiu, desta vez, diante da Lituânia, por 79 a 74. Com o revés, sofreu eliminação precoce e ficou à frente apenas de nações periféricas do basquete como Panamá, Catar e Senegal.

Não bastasse isso, a pior seleção nacional em Mundiais sofreu a humilhação de ser superada por coadjuvantes, como Líbano, cuja preparação foi tumultuada devido à guerra com Israel, e Angola, que se consagra como a melhor equipe de país de língua portuguesa.

"Poderíamos ter melhor resultado, e o Brasil precisava disso", lamentou o técnico Lula Ferreira, que apesar do vexame será mantido no comando da seleção.

Ontem, contra a Lituânia, a equipe voltou a mostrar irregularidade e baixo aproveitamento nos arremessos e viu seus maiores nomes falharem. O Brasil não soube apresentar alternativas contra uma defesa consistente. A equipe dirigida por Lula teve aproveitamento pífio nos arremessos de quadra – 35,6% de acerto.

Com tantas falhas, o time poderia recuperar bolas preciosas embaixo da tabela para novas tentativas. Mas, apesar de ter um pivô da NBA, Anderson Varejão, e outro de destaque na Europa, Tiago Splitter, tal alternativa não apareceu. O time capturou 27 rebotes, contra 34 dos lituanos, que levaram a melhor em 26 disputas na defesa.

A eliminação teve repercussão imediata no meio do basquete. Para ex-jogadores das seleções masculina e feminina, a responsabilidade pelo fiasco é da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).

"É culpa da administração incompetente da CBB, que não tem de cuidar dos campeonatos. Quando eu, a Paula e a Hortência nos colocamos à disposição do basquete para criarmos a NLB, nos ignoraram. A CBB acha que sabe tudo e não sabe nada. Estamos abaixo do básico da que o basquete precisa."

A campeã mundial Paula (1994) tem a impressão de que "os meninos foram jogados para os leões, resultado de administração catastrófica da CBB". Aponta falta planejamento, seqüência de trabalho. "Não existe uma geração abaixo dessa, por exemplo, sendo preparada."

Hortência, outra campeã mundial, diz que faltou experiência. "O fato de jogarem na NBA não torna atletas como Leandrinho e Varejão experientes. Vestir a camisa do Brasil é diferente."

Wlamir Marques, bicampeão mundial (59 e 63) acha que faltou competência aos atletas, técnicos e à CBB. "O basquete está de luto por esses motivos."

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