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Estádio Gigante de Alberdi, casa dos Piratas em Córdoba | Hedeson Alves / Gazeta do Povo
Estádio Gigante de Alberdi, casa dos Piratas em Córdoba| Foto: Hedeson Alves / Gazeta do Povo
  • Goleiro Olave se tornou o personagem principal do Belgrano na partida contra o River ao defender um pênalti
  • Luís Albarracin, superintendente do Belgrano:

Córdoba, Argentina - Uma semana antes da Copa América, com as seleções desembarcando em solo argentino, River Plate e Belgrano roubaram as atenções com a disputa por uma vaga na Primeira Divisão. O gigante de Buenos Aires acabou degolado pelo até então desconhecido de Córdoba, que, com o feito, alcançou projeção inédita em sua história.

Passada a euforia, é tempo de os Piratas voltarem à vidinha comum. "Foi um momento mágico. O auge da carreira de boa parte do nosso time. Mas nós sabíamos que isso não duraria para sempre. Agora, precisamos seguir em frente", declara Juan Carlos Olave, goleiro dos Piratas.

Com 35 anos e carreira discreta, Olave foi personagem central do embate que mobilizou os argentinos. Já ao final do segundo jogo, defendeu o pênalti que sacramentou o primeiro descenso dos Milionários em 110 anos de vida, provocando a ira de um Monumental de Nuñez abarrotado. "Esse momento ficará guardado eternamente", diz.

Hoje, com o torneio continental em andamento, o Belgrano não tem mais o espaço que desfrutava, quase 24 horas por dia, nas discussões da imprensa e dos torcedores. É novamente uma agremiação como outra qualquer, coadjuvante até mesmo em casa – em Córdoba, o rival Talleres ostenta mais fãs e conquistas, campeão da Copa Conmebol em 1999.

O incremento na venda de camisas também se desfez. Antes do embate decisivo com o River, o manto azul e preto desapareceu das lojas. E após a marcante promoção para a elite, virou artigo de colecionador para os turistas na cidade por conta da Copa América. Hoje é possível encontrá-lo nas lojas.

"Não vejo problema nisso. Somos Belgrano seja qual for a situação, a divisão que for. Não estamos muito preocupado com a mídia. Isso é para os clubes de Buenos Aires, que pensam estar na Europa. Nós somos negros, humildes", afirma Luis Albarracin, superintendente da equipe.

A preocupação maior é conseguir manter-se na Primeira Divisão, o que não é tarefa fácil – o rebaixamento na Argentina é pela média das últimas três competições, e os times promovidos entram na conta somente com os pontos da disputa da vez. Ou seja, não dá para vacilar.

Na oportunidade anterior em que obteve o acesso, temporada 2006-2007, o Belgrano caiu logo no ano seguinte. "A questão agora é essa. Mas eu acredito que podemos permanecer, pois hoje temos um presidente que honra os seus compromissos [Armando Pérez] e uma estrutura mais qualificada do que no passado", revela Albarracin.

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