Sul-africano Oscar Pistorius venceu os 200 metros na classe T44 com o tempo de 21s88, novo recorde mundial| Foto: EFE

Oscar Pistorius, grande estrela da Paralimpíada de Londres, mostrou neste sábado (1º) a que veio. Logo em sua primeira competição nos Jogos – a eliminatória dos 200 metros rasos (classe T44) - ele bateu o recorde mundial, com a marca de 21s30. No entanto, após a prova, o sul-africano reclamou das próteses utilizadas pelo brasileiro Alan Fonteles, que fez o segundo melhor tempo nas preliminares: 21s88.

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"Alan sempre foi um competidor forte, mas no ano passado, se vocês virem os vídeos, ele era bem mais baixo do que eu e hoje tem quase a mesma altura. É um problema. As regras permitem que as próteses fiquem mais altas do que deveriam ser. É difícil...", disparou o bicampeão paralímpico da prova.

"Eu faço um esforço para falar sobre isso, dizer alguma coisa, mas está acontecendo. Não quero tirar o mérito dele, mas é bem claro que ele está com próteses mais longas do que antes", emendou Pistorius que, depois de se o primeiro atleta biamputado a disputar uma Olimpíada, esse ano, reencontrou o público londrino nas disputas do atletismo.

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A impressão que Pistorius tem não está errada. No último Mundial de Atletismo Paralímpico, em 2011, o competidor brasileiro, que não tem as duas pernas, estava com um prótese que o deixava com 1,76m de altura. Em Londres, ele está com 1,81m.

Porém, o coordenador brasileiro da modalidade, Ciro Winckler, diz que o paraense não está infringindo nenhuma regulamentação. "A regra permite um altura máxima para cada atleta. O Pistorius tem 25 anos, enquanto que o Alan agora está terminando a maturação de crescimento. Ele usava a mesma prótese desde de quando tinha 16 anos e nós. No último ano, ajustamos as próteses ao tamanho do Alan, há uma proporcionalidade entre os segmentos do corpo dele", explicou.

Após a polêmica, Pistorius e Fonteles tem um encontro marcado na final dos 200 metros, marcada para domingo, às 17h15 (de Brasília). O brasileiro, que não deu entrevista após a critica do sul-africano, se poupou no fim de sua bateria nas eliminatórias.

"Espero que tenha guardado [fôlego] mesmo, porque ele vai precisar", disse Pistorius ao ser perguntado sobre a final.

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