Se forem notícias boas, pode dar. As ruins, deixa para depois. É desta maneira que pensa o técnico Márcio Araújo, sabendo que, além de vencer o Internacional domingo, o Coritiba depende de uma derrota do São Caetano ou da Ponte Preta para permanecer na Série A do Brasileiro.
Com as 11 partidas da última rodada marcadas para às 16 horas, não será surpresa se o placar eletrônico e o sistema de som do Couto Pereira ignorarem possíveis gols de Azulão e Macaca e só anunciarem os dos respectivos adversários, Cruzeiro e Brasiliense.
"Se for a nosso favor, não tem problema. Dá mais ânimo e incentivo aos jogadores. Já aquela informação que é contraproducente, deixa para lá", afirmou o treinador, pensando em "censurar" parte do trabalho da comunicação do estádio. "Temos de pensar em todos os detalhes", acrescentou.
Os jogadores entendem que é melhor manter toda a concentração no duelo com o Inter, porém desde agora não escondem a ansiedade de saber o que estará acontecendo em Belo Horizonte e Campinas. "Temos pela frente um jogo muito difícil. O adversário ainda tem possibilidade de ser campeão e é a nossa última oportunidade. Não queremos e não devemos nos preocupar com os outros, mas ao mesmo tempo isso é um pouco inevitável", disse o volante e capitão Reginaldo Nascimento.
Para o goleiro Douglas vai ser mais difícil ainda segurar a curiosidade. O tempo todo perto da linha de fundo, ele vai conviver com a tentação de perguntar aos repórteres de rádio e tevê como andam os jogos dos rivais. "Não dá para negar que vou estar ansioso. Talvez possa virar e falar com o pessoal sim", admitiu, antes de apontar outra possibilidade de se manter a par dos acontecimentos. "Acho que também dá para saber pelo movimento da torcida."
Como uma das fontes de informação, os torcedores podem até pensar em fazer uma "armação" para dar ânimo ao time. Tal tática foi utilizada pela rival torcida atleticana no ano passado.
Na última rodada, o Rubro-Negro precisava vencer o Botafogo e torcer por um tropeço do Santos diante do Vasco para ser campeão. Quando o Peixe vencia por 2 a 1 (placar que permaneceu até o fim), toda a arquibancada vibrou com um "gol fantasma" do time carioca. O Atlético ficou no empate, mas seus jogadores terminaram a partida achando que bastava ter vencido para ficar com o título.
No Coritiba, um dos principais temores é de que algo assim realmente aconteça: no fim o time dependa apenas de uma vitória e não a consiga. O capitão Nascimento não quer nem pensar na possibilidade. "Seria a pior situação possível saber que algum resultado nos ajudou e o time foi rebaixado porque não fez a sua parte. É o principal motivo para tentarmos nos preocupar apenas com o Inter e depois ver o que aconteceu com os outros."
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