Santuário no Couto?
Ainda não foi descartada a possibilidade do novo estádio Coxa ser construído em outro lugar, que não o bairro Alto da Glória. Inclusive, já tem um interessado na compra do terreno, caso o alviverde deixe o local.
Um dos vereadores presentes na reunião desta quarta-feira revelou que os administradores da Ingreja do Perpétuo Socorro se mostraram interessados em adquirir o terreno onde é hoje o Couto Pereira. Ali, em frente a atual igreja, seria construído um santuário.
Diante do desinteresse da empresa WTorre após o veto da prefeitura a dois dos empreendimentos previstos no projeto do novo estádio do Coritiba, o clube começa a buscar outras alternativas para tornar viável seu novo sonho. Apesar de não descartar a atual parceira que ficou desgostosa após a prefeitura negar a construção de um centro comercial (mini-shopping) e um hipermercado - o alviverde não perde tempo e tenta um "plano b" caso a parceria com a empresa brasileira realmente deixe de existir.
Em viagem recente à África do Sul para acompanhar as obras em alguns dos estádios que receberão jogos da próxima Copa do Mundo de futebol, em 2010, o vice-presidente do Coritiba Marcos Hauer estreitou relações com um grupo de investidores ingleses que se mostrou bastante animado com a possibilidade de investir na idéia Coxa. Apesar de confirmar o potencial novo parceiro, o clube prefere manter o nome dos investidores em segredo.
De acordo com o diretor de planejamento alviverde e integrante da comissão que trata do projeto do novo estádio, Flávio Kitzig, em entrevista à Gazeta do Povo, nos próximos dias representantes do grupo deve vir ao Brasil para conhecer de perto o projeto do clube. "O grupo inglês deve mandar alguns representantes para conhecer o clube e o projeto a convite do Marcos Hauer. Vamos ter uma primeira conversa, assim como tivemos há cerca de um ano com a WTorre", explicou.
O grupo irá administrar quatro dos estádios construídos para a Copa do Mundo da África do Sul, entre eles o FNB Stadium, de Joanesburgo, que será palco da abertura e da grande final da competição. Kitzig preferiu não revelar maiores detalhes, mas se mostrou animado com a possibilidade do "novo parceiro" assumir as rédeas do sonho alviverde.
Encontro com vereadores
Nesta quarta-feira os dirigentes do Coritiba foram chamados para uma reunião com alguns vereadores que compõem a bancada alviverde na Câmara dos Vereadores de Curitiba. A reunião foi motivada pela "enorme quantidade de emails e contatos feitos pelos torcedores do Coritiba, cobrando um posicionamento dos vereadores sobre o projeto", completou o diretor de planejamento Coxa.
"Fomos lá, a pedido deles, para explicar como surgiu, como se desenvolveu e em que pé está o projeto do nosso novo estádio. Expusemos tudo direitinho e eles se mostram dispostos a nos ajudar no que foi preciso junto à prefeitura", explicou. Entretanto, segundo o dirigente, apoio ao projeto não tem faltado. "A prefeitura está se mostrando muito receptiva ao projeto. As ressalvas feitas foram recebidas como normais, levando em conta o tamanho do nosso projeto".
Prefeitura não vetou o projeto do novo Couto Pereira
Se quisesse começar a construção do seu novo estádio amanhã, o Coritiba teria o "ok" da prefeitura, desde que fossem construídas a Arena Multiuso, um hotel, o centro de convenções e o estacionamento. O shopping e o hipermercado seguem vetados porque esbarram na lei de zoneamento do local, que impediria um aumento no fluxo de veículos e pessoas na região.
O atual projeto ainda não foi descartado e novas reuniões entre clube, investidor e prefeitura podem acontecer. Questionado sobre o fim da parceria com a WTorre, Kitzig foi enfático. "Não acabou não. Só teremos que negociar. Tudo trata-se de um negócio e se não houver mesmo viabilidade financeira, ninguém vai querer por dinheiro. Não existe mágica. Se uma ou as duas partes cederem por um lado, como a liberação de um dos empreendimentos vetados, terá que existir uma contra-partida do outro, como uma redução de impostos ou outro benefícios".
O dirigente reforça a tese de que não houve veto ao projeto, como se especulou. Pelo contrário. Para ele, a prefeitura tem se mostrado uma grande parceira. "Temos uma Secretaria de Urbanismo extremamente zelosa, que só está cuidando dos interesses da população em geral. A prefeitura nos ajuda e até cedeu em alguns momentos para tornar o projeto viável. Foram corteses e hospitaleiros".
Contudo, diante da confirmação de que Curitiba será uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014, Kitzig prometeu ficar atento a possíveis benefícios que seriam dados ao rival Atlético para a conclusão do seu estádio. "Não abrimos mão de um tratamento isonômico. O que será ofertado para o Atlético, terá que ser ofertado para nós. Estamos de olho e cobraremos se necessário", concluiu.
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